19 novembro 2005

Amanhã pode não amanhecer...


Andava eu... por aí... até que abri uma porta e de repente fiquei perturbada por tanta incompreensão, desespero e insanidade... Onde estava? Quantos desconhecidos...?! Tanta intolerância para com eles...
Entristeceu-me ver que o final é desonesto, incoerente, desesperante... ali.
Dar uma palavra de conforto, tirar uns minutos para ouvir, quem pouco tem para dizer e arrancar um sorriso, a quem já pouco importa viver... foi indiscutivelmente indiscritível.
Há momentos de estranha beleza, em que duas realidades se misturam, duas idades se cruzam e os pensamentos fluem a uma velocidade vertiginosa que apenas deixam... dúvidas sobre um final tão incerto quanto a luz do dia...
Amanhã pode não amanhecer... mas até lá... podemos abrir o coração e sonhar, porque vale sempre a pena!

08 novembro 2005

...

"Só há dois dias em que não se pode fazer NADA: ONTEM e AMANHÃ."

Just moments

Um último livro que li foi Memórias das Minhas Putas Tristes de Gabriel García Márquez, e dele ressaltaram alguns momentos momentos de estranha beleza... que talvez valha a pena reflectir sobre eles... principalmente se estiver com crises de idade!

«(...) é um triunfo de vida que a memória dos velhos perca para as coisas que não são essenciais, mas que raras vezes falhe para as que na verdade nos interessam. Cícero ilustrou-o de uma penada: "Não há velho que esqueça onde escondeu o seu tesouro."» pp. 16 e 17

«(...) tomei consciência de que a força invencível que impulsionou o mundo não são os amores felizes mas os contrariados.» pp. 68

«(...) - Não se engane: os loucos mansos adiantam-se ao futuro.» pp. 68

«É impossível não acabar sendo como os outros julgam que somos.» pp. 99 (in "os Idos de Março" de Júlio César.

«(...) o seu fatalismo aplicado ao decurso da minha vida nos meses seguintes é que me deu a determinação que me faltava não apenas para escrever esta memória, mas para começá-la sem pudores (...)» pp. 99

e por aqui me fico...