29 junho 2006

'To be or not to be... with...'



O outro lado da janela sussurra-me que o mundo lá fora é o que quisermos sem desperdício para ninguém.
A imensidão esbate-se na penúria da solidão...
O vento debate-se com as contrariedades indefesas da natureza...
E eu canto o que os sentidos sopram sem qualquer compasso...

21 junho 2006

Monólogo com a Lua...

Perguntei à lua o porquê de tanta coisa que discuto.
O seu silêncio foi exímio...
E o seu brilho ainda mais intenso...

Percebi de imediato a sua resposta...
Entre olhares descompassados...
Entre as nuvens que teimavam em ensombrá-la...
Vi que as respostas que procuro ecoam dentro de mim... E isso fez-me feliz... Sorri...
Os meus olhos brilharam de êxtase...
Lembro-me de adormecer junto da alegria do presente... de quem estive ausente sem querer...

20 junho 2006

In(tempo)ral(idades)...

Parece o apocalipse final... As trevas... eu cá acho que é um belo 'click' no céu... Hugo Baggio já lá dizia que "NO MEIO DA ESCURIDÃO DA NOITE HÁ SEMPRE ESTRELAS PARA QUEM TEM OLHOS PARA OLHAR O CÉU.
NO MEIO DUM CAMPO DEVASTADO, HAVERÁ SEMPRE UMA FLOR PARA QUEM SABE OLHAR..."
De facto temos o 'dom' de recriar os sonhos, de fazê-los sobreviver, porque o impossível está ao nosso alcanse seja ao acender uma luz na escuridão, seja ao vibrar com pequenos momentos como este que tive a oportunidade de captar!
Lá diz o outro 'o pessimista vê o buraco, o optimista o donuts' e eu até gosto de donuts!!! eeheeh
"Nem tudo o que se enfrenta pode ser modificado. Mas nada pode ser modificado enquanto não for enfrentado..." James Baldwin esteve igualmente bem nesta sua afirmação... tentar é um começo, quando o fim é um radicalismo intemporal... quanto ao resto... isso é o que se sabe... o que não se sabe... ou simplesmente o que não se quer ouvir... por desatino!

01 junho 2006

Alma nua num corpo despido...

O que me diz o amanhã se ainda não veio?
O que me dizes se não sabes o que sentes?

Beija-me na incoerência de sentir...
Preenche-me este vazio de ti...

Sei que existes em algum lugar...
Mas parece que nunca te vou encontrar....

Despes a tua alma...
Partes à descoberta...
Já não há calma...
A praia está deserta...

Se no mar procuras achar-te...
Nas ondas lutas contra o vento...
Já não consegues encontrar-te...
E eu ainda tento...

Entre marés perdidas...
Entre emoções vividas...
Perco-me na tua ausência,
Chamo-lhe carência...
Não sei o que vem aí....
E perco-me por aí...

À deriva... em algum lugar...
o que quero encontrar
vagueia entre sombras...

A verdade do prazer...
perde-se no desejo...
Ser ou não ser...
Oculto beijo...

Palavras ao vento...
E o sentimento?

Sem lamentos,
Sem pensamentos,
Sem momentos,
Divago nas palavras...
Absolutamente descompassadas...

A sinceridade do pensamento,
A cumplicidade do momento...
Extasiou o sentimento...
Ilusões adiadas...

P.S.: Feliz dia da Criança a todos!