20 fevereiro 2008

Hora de embarque...




Esta noite sonhei muito. Sonhei contigo, com os amigos, com os desconhecidos que me povoam a mente…
Sonhei que os meus desejos, não passam de desejos porque ainda não foram materializados…
Sonhei que o tempo é muito curto para tudo acontecer e isso acontece tanto nos sonhos como na vida real.
Tenho bastantes insights ou dejá vus… acho que já os recriei em sonhos.
Tantos sonhos… e a realidade permanece estática.
Depois de sonhar acordo e lembro-me de todos os sonhos que não passam disso: sonhos.
Às vezes acho que não vivo num mundo real;
Que as coisas demoram tempo demasiado a acontecer.
O tempo real deve ser diferente do meu…
Páro um segundo e adormeço…
Estou prestes a embarcar no mundo dos sonhos! Espero que apanhes o mesmo barco…
Quem sabe não se iniciará a NOSSA viagem…

“O tempo é o melhor Autor. Encontra sempre o final perfeito.”

(Charles Chaplin, na interpretação da sua própria personagem "Calvero" em "Luzes da Ribalta")

Que o Sol esteja sempre presente para aquecer o meu Coração


Para que serve o coração?
Até onde é que ele nos leva?

Ele bate leve e solto…
Alegre e compassado e no sobressalto das emoções que bata sempre com fervor…
Que seja preenchido de força para continuar a viver o amor…
Que não se esgota, não se cala, não se comporta…
Não se esquece…
Mas se o coração aquece…
O nosso sorriso permanece… estampado no rosto… no sabor e no gosto de exalar a felicidade…É bom senti-la dentro do peito e murmurá-la no brilho do olhar…

Empty space...

Além, quatro paredes vazias… caiadas num branco, amarelecido pelo tempo.
A humidade também marca presença escorrendo pequenas gotas pelas paredes em dias de chuva. O tecto e o chão são revestidos de madeira. Uma janela forrada de madeira ilumina este pequeno espaço cheio de nada. Terá o passado preenchido estas quatro paredes?
Terá a lâmpada que cai do tecto alumiado réstias de vida?
Fecho a porta. E aquele sítio tão vazio já não me incomoda.
Não quero entrar no vazio… pois talvez já nele viva.

12 fevereiro 2008

A minha história


Como acreditar em mim, como acredito em ti?
Sei que todos os sonhos são realizáveis, pois já provei um pouco do seu sabor.
Muito tempo passa para cortarmos as metas que nós traçamos…
O tempo que fica para trás parece uma eternidade e tudo o que alcançamos parece longínquo, distante e sem valor… mas sinto que no fundo não estive inerte… que vivi.
É uma espera tenebrosa. Na mala já levo a saudade e na viagem sei que vou percorrer o caminho dos sonhos, que é como quem diz: o caminho da felicidade.
É a minha vida.
É a única certeza que tenho.
As oportunidades falam-me em partidas, em chegadas e eu apenas sei que vou a caminho de construir uma história:
- A minha.
Os laços impedem os meus movimentos, mas a verdade é que ninguém é de ninguém, apesar de eu desejar que assim não fosse para poder achar mais rapidamente o sentido do Tu e do Eu.
Custa-me dar um passo.
Quando até passo pela vida a correr…
Dizem que para tudo há um tempo certo…
Mesmo para aquilo que não vai acontecer.
Talvez por isso, me sinta feliz, me sinta bem e tenha toda a paz de espírito necessária.
Obrigada.

04 fevereiro 2008

Deriva...


São lágrimas de ausência de paz.
Não mando em nada.
Nem em mim, nem na minha alma que vagueia…
Longe do meu querer…
Porque é que a tristeza me acompanha?
Sinto-a como uma sombra que não vai embora.
É uma dor corrosiva em que a melancolia trespassa os meus dias…
O meu viver…
Queria que os pontos de intercepção fossem mais claros.
Que a distância que não tenho entre os sentidos não me asfixiasse o pensamento.
Que a intensidade de acreditar fosse gradual aos meus desejos de ser...
O que vou sendo sem ser…