13 agosto 2009

Give me hope...


Alguém escreveu que as cartas de amor são ridículas, mas mais patético é descrever sentimentos de amor para alguém que não existe (ou será tudo isto uma confusão de vontades, de pensamentos e de pessoas?!), mas que podia fazer parte da nossa vida. Ser o nosso mais valioso presente. Será que não era assim que devia ser?
As pessoas perdem muito tempo a tentar ser felizes quando o podem ser tão livremente… tão prontamente…
Quantas palavras de amor já te escrevi? Quantas 'cartas'?
Deixo-te mais uma…

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Há sempre algo que me leva a ti.
Sempre com uma energia invulgar…
Sem que passe muito tempo.
Acho que te conheço o suficiente para te deixar habitar os meus sonhos.
E mesmo que não deixe, lá acabas por aparecer…
Preenches-me tanto na tua ausência e tão pouco com a tua presença.
Quantas ambiguidades terei de testar, para sentir o calor do teu abraço outra vez…?!
E quantas mais vezes irão soar as notas daquele piano melancólico e excessivamente dramático… Não te quantifico, porque prefiro a imprevisibilidade de notas fiéis ao batimento dum coração pseudo desajustado…
Quanto mais te vivo, mais te tenho em mim.
E constato que talvez seja mais frágil do que pensaria.
No teu olhar encontro-me…
Tão… inexplicavelmente segura.
As tuas palavras salvam-me as fraquezas do ser…
Levemente inspiro e expiro momentos de felicidade quando estou contigo.
Não preciso ser nada mais nem nada menos do que verdadeiramente sou…
Quanto tomamos vida em sonhos, tudo é possível e tudo parece estupidamente real.
As pausas dos nossos resfôlegos…
Os silêncios das nossas vozes…
Os passos descompassados…
Os risos descompensados…
Tantos momentos de amor avassaladoramente acelerados…
Talvez sejas tão ou mais frágil que eu…
E confesso que não suporto ver-te cair como uma folha em pleno Outono incapaz de viver…
Sei que isto é muito mais que um mero vínculo adiposo…
É não conseguir reagir ao veneno que me entranha os sentidos.
E mos faz perder lentamente…
Era assim que sonhava o amor.
E… podia vivê-lo contigo.

10 agosto 2009

Is just my imagination...


Há coisas que só vemos na imaginação. Essa doce e sublime viagem que fazemos ao que há de mais distante de nós, sem que um qualquer livro tenha alguma vez escrito esse capítulo, sem que um filme alguma vez tenha recriado essa cena…
São imagens muito fiéis, são vontades íntimas, que não sei se algum dia acontecerão, num cenário mais ou menos aproximado da realidade dos meus delírios (se é que existe uma definição concreta que descreva pensamentos dissonantes).
Às vezes sinto tão veemente os meus pensamentos que temo pensar se são eles que vivem de mim, se vivem em mim ou se sou eu que vivo deles… E quando não tenho respostas reporto-me aos meus silêncios ou simplesmente resguardo-me nestas imagens de realidade que me atraem e despertam para a vida que existe em mim e nem sempre é manifestada.
O que é que vivi? O que faltará viver? O que é que simplesmente nunca será realidade?
Existirá uma fórmula matemática capaz de equacionar o que o tempo que me resta me vai proporcionar? Poderei potenciar momentos de alegria divididos com o meu mundo?
As cores das interrogações, por tudo o que elas poderão representar, fascinam-me. E… bem que costumo ter respostas, incisivas e rápidas.
No meu ideário de fantasia coabitam vários personagens, locais… Ao meu redor poderia constituir várias peças de teatro, vários filmes, vários livros… Poderia segmentar as minhas estórias e adorná-las em forma de arte por aí…
Quem sabe um dia…
Já vi tantos sonhos materializados… (Sim. Aqueles sonhos que temos durante a noite… em que avisto respostas para incompreensões inconscientes que me vagueiam o sono ou, por outro lado, me confundem mais. Chamar-se-á dormir comigo?)
Várias situações já tomaram forma na vida real e com os olhos bem abertos… é por aí que às vezes explico os meus ‘dejá vus’… (Será pelo menos a explicação mais razoável que encontro.)
De olhos bem abertos, acerco-me de momentos sonhados (tanto de carácter de sonho como de pesadelo… afinal, um pesadelo não deixa de ser um sonho…)
Reajo a estímulos dedutíveis… Questiono-me inúmeras vezes onde começa e onde acaba a realidade… e se o meu ‘quinto andar’ se encontra devidamente arrumado.
A imaginação flui…É fértil em investidas de diagramas de emoções que sinto sem sentir, já sentindo… Quantas vezes sorrio…? Já perdi a conta.
Para quem a solidão e a saudade estão tão presentes, serão estas as melhores alturas de viver ou quiçá as possíveis…
Pensar que as minhas “desordens” são comuns a tantas almas que pairam por aí…
Condenar-me por elas, quando são elas que me instigam o ser…
Acho-me em excessos e em extremos de mim…
Calculo que não sou nem mais nem menos que isto.
Subtraio apenas as equações do futuro, porque não conseguirei sobreviver à linha do infinito…