21 julho 2009

Descansa estrelinha...


Caem-me lágrimas comovidas… ao pensar-te… ao julgar-te… ao lembrar-te…
Não voltaremos a estar contigo. Mas marcaste cada um de nós pela excentricidade, fúria de palco, pela tua arte… Eras um verdadeiro entertainer…
Ainda mal consigo acreditar no que aconteceu.
Quando ouvi a notícia, não sei se não quis acreditar ou se estaria a delirar…
Um deus da música não morre, é um artista que deixa um legado fabuloso de memórias com ritmo, espectacularidade e sobretudo muita VIDA.
Lembro-me de há relativamente pouco tempo perguntar o que tinha sido
feito de ti?!
E obriguei-me a procurar-te… e sempre te (re)encontro.
De tantas versões que já ouvi da SMILE, apenas a tua me encanta… pela
tua magia na interpretação… (Era a tua música favorita. Seria isso?!)
A tua voz angelical…. Tão peculiar…
A Brooke disse tudo… na sua terna descrição de ti… (por esta altura)...
Imaginar-te-ei sentado num quarto crescente, com uma cana de pesca, com a ingenuidade no sorriso de um menino a pescar estrelas...
Sempre foste um menino, nunca cresceste, viveste como um anjo no teu mundo dos pequeninos, “Terra do Nunca”…
A tua projecção foi enorme… toda a gente te conhece… e tu algum dia te conheceste? Tiveste a real noção do que és… do que representas?
Ou simplesmente limitaste-te a viver-te… como o comum dos mortais?
Foste tudo… foste nada… para quem realmente ‘foste’, és e sempre serás…
Povoaste o meu corpo em vários passos de dança… Sim. Porque eras tu que entravas dentro de mim e soltavas os meus passos… cada movimento e trejeito do meu corpo… absorvia a mestria do teu talento…
Deixaste-nos. Mas não em tom de abandono…
Deixaste uma dívida que não escapa indiferente a ninguém…
A SAUDADE.
Nós é que ficamos mais pobres…
No ‘SEGREDO DOS DEUSES’… fica a pergunta… o que viria por aí…?!

06 julho 2009

Memórias de Mel...


Mel…
O doce néctar que subtraio das recordações presentes desses dias de sol intenso, sem nuvens, com um mar imenso e sorrisos… gargalhadas… e mais sorrisos…
A cada pôr-do-sol vislumbrei a gravidade dum calor incomensurável…
Não de tempo, mas do espaço que não existe quando a alma se completa…
Que mentira doce…
Que desejo inconsistente de voltar ali…
Na minha imaginação recrio persistentemente todas as memórias…
Voltarei ali todos os dias em que a lembrança me invada e o sorriso me acompanhe…
A felicidade chega a ter o dom da imprevisibilidade.
Não sei se deva sonhar um pouco mais… para variar desta realidade que conscientemente não escolhi.
Que doce mel encontrar momentos de vida perdidos por aí.
E o que fica do passado é o que volta a ser presente.
E a gente sente… sente… sente…
Como se da primeira vez se tratasse.
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Nos álbuns restam fotos, de tempos jamais esquecidos.
Imagens de rostos quentes, que aqueceram os dias mais incoerentes…
Era um grupo de crianças, que entretanto foi crescendo.
Perdi o rasto de algumas, muitas viveram somente para si…
Cada uma terá uma história para contar…
E essa será a sua história.
Houve um tempo em que a história era nossa…
Em que várias histórias se cruzavam numa comum…
Na altura só havia uma palavra capaz de definir a nossa ligação: Perfeição.
(ao que parece ela existe…)
Voltar a encontrar caras queridas, algumas esquecidas é reaproximar as nossas vidas…
Prontamente, vos espero, porque foi o acaso que nos reuniu a vontade.
Quero escutar as vossas vidas…
Saber todos os pormenores que marcaram os tempos das ausências cerradas de cumprimentos…
Vislumbrar o que o tempo nos fez…
Estaremos perto?
Estivemos perto?
Quantas viagens ficaram para trás?
O que é que essa vida fez de nós?
Quantos de nós estiveram sós?
Retomemos o que nos juntou…
A ingénua amizade da juventude.
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Tanto que não sei desta gente.
Tanto que se perdeu…
Quero regressar ao íntimo possível dum tempo que não tem que acabar…
E quiçá consolidar cada segundo que passe… porque são esses mesmos segundos que são construídos sob forma de encantamento… para a alma… enriquecendo cada um de nós…
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Reúna-se tudo o quanto é possível para que recuperemos um pouco da mística que nos encerra…