23 julho 2010

Saudades. São apenas Saudades...


Não sei se é dor, mas sei que sinto algo.
É costume tentar definir-se tudo ao ínfimo pormenor…
Mas será que a ciência consegue explicar o transcendente mundo das emoções?
Escuto uma voz sem qualquer som.
Que faz eco não sei de onde ou de quê…
Entranha-se-me e não me liberta enquanto não me dispuser a ouvi-la.
Povoa-me a mente de uma forma absoluta.
Desconcentra-me. Desconcerta-me.
Arbitrariamente envia-me para um estado de pura incoerência.
Apenas aquele pensamento me move.
Apenas aquela dor (?!) se sente.
Apenas aquele pensamento me possui e me perverte…
Dói.
Dói de mais perder-me de mim por ti.
Que dor avassaladoramente incontrolável.
Que cenário inabalável.
Que vida coberta de sombras mascaradas de fantasmas correntes.
Que névoa forte que me inutiliza a visão.
Que luto dormente inaudível.
Que saudades de ti.