Que vida esta… Em que se
segura a vida com uma mão e se larga na outra. Existirá maior duplicidade na
vida que as nossas manifestações de liberdade?
Parece que cada página da
vida foi chorada, enxugada pelo amor dos outros, que não o nosso próprio. Que engenhoso
bem querer.
A gente não manda na
vontade dos outros… Alavancamos o que nos é possível.
E como se desacorrenta esse
desassossego de sombras em estado de graça?
Apenas em murmúrios sumidos
que se calam aos ouvidos, contando histórias com letras de vidas que foram
crescendo dentro de nós. Pedaço de corpo. Pedaço de alma. Fragmentos de vida
que escrevemos na memória de quem a consente.