26 setembro 2018

Castiga Saudade!



Escrevo-te estas palavras para saber de ti,
E para sentir-me na tua presença.

Longe é não te pensar.
Longe é não te sofrer.
Longe é a saudade que cresce.

Recolho-me em mim,
Para dar voz à minha loucura,
Que a paixão não censura,
Nem adormece.

Castigo maior não viver,
Sonhar-te,
Amanhecer…

Dentro da saudade de ti.

20 setembro 2018

Queda livre


Romanceamos a vida,
os sonhos,
as pétalas,
amalgamadas pelo tempo que se lhes esgota.
Queremos-lhes uma eternidade que desiste nos dias.
Aromas que se transformam,
Quedas subtis que se perdem...
Esvoaçando...
numa queda livre de fragilidades,
que se perdem no vazio.

29 agosto 2018

Tempo











A vida sabe a pouco.
Turva-se em imagens densas.
Curva-se na ressalva de fogueiras ateadas, reacendidas…
Cinzas que não se toleram.
Criam-se fragmentos de calor e a lenha sempre se apaga.
Morre.
E as dores voltam como pesadelos passados.
E são laivos, todas as preces que atormentam as vozes da penumbra habitada…
E todas as palavras que me habitam são suaves penas de ave colorida.
Fénix renascida,
Aura luzidia que se espraia na vontade que vence.

07 agosto 2018

Águas de rosto
















A vida é uma efervescência de sentidos... 

Numa magnitude ténue,
Distante dos acasos indescritíveis.
Sem filtros... Despida.
Vagueia nas sombras desajustadas,
Irrompe em vultos de alma...
Numa trouxa vã que coleciona amálgamas de feridas saradas pelo tempo.
Cobertas em águas de rosto.
De sentidos perdidos e esgotados...
De luzes apagadas pela noite que trazem um luar intenso,
Um amor imenso, pelo que está pra chegar...

#Espinho#semfiltros

24 julho 2018

Sombras de bem-querer



Quero reencontrar-me na minha própria narrativa,
E, reescrever-me,
Até encontrar outras formas de linguagem…

D’ olhos postos na vida,
Por vezes adormecida,
Foge a coragem…

E esse amor desapegado que trago no peito…
Tantas vezes o leito…
D’ uma gratidão tamanha…

Feita de memórias divididas,
Histórias vividas…
Que a saudade emana.

Canto memórias ao vento,
Num vão desalento,
Incapaz d’ as esquecer…

Conto vidas ausentes,
Transeuntes presentes,
Sombras de bem-querer.