
UTWO
Num recanto de uma cidade indiferenciada…
Surge a melodia de uma canção sem números,
Numa rua,
Numa cidade,
Em numerais paralelos…
Com contornos singelos,
Com pouca idade…
Trespassam-se vidas diante dum coração rabiscado…
O preto, o vermelho, o branco…
Formam um colorido ingénuo de marca de água…
Em forma de papel timbrado…
Passam pessoas que carimbam
Presenças vividas…
E ausências sentidas…
Em que num oceano de sabores,
Se escondem gelados de múltiplas cores…
Notas gentis…
Que acompanham a atmosfera…
Quando os instrumentos acordam a magia
Quando a música se entranha...
Esquece-se que o dia vira noite...
E que a noite vira dia...
Grãos de café…
Pós… Poções…
Quentes… enregeladas…
Num misto de infusões e sensações…
(Em)Bebidas em qualidade
Numa sombra a descoberto…
Num poema sem Idade…
Atravessam-se estações…
Apura-se o tempo que teima em passar
Misturam-se seres, ilusões…
Multidões, homenagens…
Ritmos, bandas…
Onde neste espaço…
Se é “pessoa entre a multidão”…
Chama-se UTWO…
E veio cortejar Espinho com a sua arte.
Que parte, da mestria do sabor requintado…
Num acorde suave…
Em tom grave…
Num Espinho de beleza que se chama Cidade…
Elda Lopes Ferreira
Março|2010
2 comentários:
where the streets have no name ;)
Espero um dia escrever algo assim para a minha cidade de Espinho. Gostei muito, tive pena de não saber deste "movimento" nesse dia. Haverão outras oportunidades com certeza. Beijinho
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