05 novembro 2020

O que de nós ficou pra trás...

E o sol entra livre por entre a cortina que contrai a luz...

Aquela tarde aquecia, brilhava, num silêncio que aprisiona o que o barulho da alma interrompe.
Podia ser um raio ou raios de introspeção, reclusão, mas não.
Cai o dia, um após o outro.
Tempo que passa em voos de ave sem rumo.
Nas suas asas cai a noite iluminada pela luz do luar que se metamorfoseia, livre...
Acalmam os sonhos que ensonados, assombram os dias e as noites que já não se dissociam de tão iguais.
Que a vida, se avive.
Que a funesta morte se afaste.
Regressemos a nós e ao que de nós ficou pra trás.