29 agosto 2018

Tempo











A vida sabe a pouco.
Turva-se em imagens densas.
Curva-se na ressalva de fogueiras ateadas, reacendidas…
Cinzas que não se toleram.
Criam-se fragmentos de calor e a lenha sempre se apaga.
Morre.
E as dores voltam como pesadelos passados.
E são laivos, todas as preces que atormentam as vozes da penumbra habitada…
E todas as palavras que me habitam são suaves penas de ave colorida.
Fénix renascida,
Aura luzidia que se espraia na vontade que vence.

07 agosto 2018

Águas de rosto
















A vida é uma efervescência de sentidos... 

Numa magnitude ténue,
Distante dos acasos indescritíveis.
Sem filtros... Despida.
Vagueia nas sombras desajustadas,
Irrompe em vultos de alma...
Numa trouxa vã que coleciona amálgamas de feridas saradas pelo tempo.
Cobertas em águas de rosto.
De sentidos perdidos e esgotados...
De luzes apagadas pela noite que trazem um luar intenso,
Um amor imenso, pelo que está pra chegar...

#Espinho#semfiltros