10 março 2010

Mulheres Coragem

E quando uma Mulher abre o seu coração… Fala todos os dias a mesma coisa: no amor e na alma que deposita a cada segundo, em cada interveniente físico ou metafísico…
Nunca julga um dia perdido, rende-se a todas as suas descobertas diárias.
No seu diário regista as memórias mais ocas, mais vivas, mais dúbias e, não precisa ser Menina ou Mulher.
Fala de rosa cravada ao peito, sem espinhos cavernosos, suspirando e sugando a sua eterna beleza, fragrância, mesmo quando estes pedaços de ternura chamados flores se definham na juventude… Como defendem a brandura desta insígnia…
Oferecer o perfume… a textura… este delicado ser vivo… a uma Mulher…
É um acorde duma ode, dedilhada sobre uma harpa fantasiosa...
É um toque d’ alma… Que se perde no espelho do brilho no olhar, enternecendo a voluptuosidade do sorriso… E aquecendo o peito.
Cai a noite escura… Apagam-se as luzes fugidias… E aquela alma ainda não descansa…
Quer ser o que não é, quando já é tudo numa valente chusma multidisciplinar.
A história conta-se no feminino, pois a Mulher é a essência de qualquer vida, num submerso paraíso feito porto de abrigo…
É o poema, a rima e o verso, escondendo-se entre ritmos mais ou menos pausados.
Na tempestade afaga o medo.
E na sensibilidade é anfitriã…
Há muitos anos que o mundo reconhece uma ténue folha de papel vegetal, que de tão débil e frágil se chama Mulher…
Pega-se na pena, que se embebe na tinta e redigem-se palavras soltas que se plasmam umas nas outras folhas… em réplicas que vão perdendo nitidez até a cor se perder.
Apregoam-se chavões de igualdade, mas enquanto a cor se perde, também as vozes temem um
mesmo mundo castrador e inibidor das suas leis.
Que ‘façanhas’ tão bem escritas…
Quando é com a mesma tinta que se pinta o cenário de tantas culturas que ainda estão desencontradas com este tempo…
Quantas mãos de Mãe perdem força para carregar o seu calvário?
Quantas Mulheres ainda hoje vêem a vida por detrás dum pano esburacado?
Quantas Mulheres vividas não chegaram a viver verdadeiramente?
Qual o dorso mais bem guardado da humanidade?
Para quê continuar a carregar um meio mundo onde se apartam grandes Mulheres invisíveis?
A todas quantas deram a sua vida por um sonho…
A todas quantas se expõem na busca incessante dos seus ideais…
A todas que guardam a esperança de atingir a supremacia…
Digo-lhes…
… que a bandeira está a meia haste.
O que não quer dizer que esteja de luto, mas tão somente que está içada.
… que a vontade evoca a promessa.
E, já nos habituamos a reconhecer que não há impossíveis.
… o uníssono Feminino garantirá o Ouro pela quantidade de metas transpostas a cada dia…
Todos os dias…

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