12 fevereiro 2014

Saudade






















Como esquecer a saudade,
que se entrelaça com o esvaziar da luz do luar?
Essa mesma que amanhece em mim todos os dias,
querendo apenas me tomar…

A distância nunca foi tão próxima…
A dor nunca se fez tão célere…

Escurece a tua sombra em mim…
Anoitece a fúria da revolta…
Essa dor que permanece…
…que vai, mas que volta…

Os meus sonhos só me (des)compensam (d)as noites frias,
em que adormeço para na tua ausência te encontrar…

É nessa anestesia de amor,
que te cubro e descubro…
É nessa afasia de cor,
que te idealizar é tão somente amor… amor…

O teu perfume, o teu retrato…
Estão no quarto de lua que me resiste,
Tecida a saudade…

Olha a lua desse lado,
Que em pranto recado persiste…
Sem termo, sem idade…