01 fevereiro 2007

E as nuvens vão embora?

E avanço, recuo.
Paro no tempo...
Arranco uma página do calendário e escrevo outra.
As intenções são boas.
Mas vem o vento, e a página voa... Desaparece.
Já não me sinto capaz de escrever uma única palavra.
Perdi os últimos pensamentos lúcidos que me restavam.
Nunca vou conseguir reescrever aquela página.
Eis que tento...
Eis que desisto, aquele dia ficou perdido no vento.
Podia oferecer uma boa soma para quem encontrasse aquelas palavras e mas restituísse...
Mas se ordenou o destino que elas se perdessem...
Deixá-las vaguear sem rumo é o melhor caminho...
Há palavras assim. Soltam-se sem cabimento e tomam a liberdade que lhes é tão natural.
Entre o silêncio e a palavra, entre a escuridão da noite e o dia, entre o vento que sopra e a neve que congela, entre as páginas que arranco e as que deixo ficar, entre o amor e a dor, entre o mundo que escolho e o vazio que encontro, entre a vida e a morte, entre o bem e o mal, entre a solidão e a companhia, entre tu e eu...
Escolho... escrever página a página e sem rascunho... o que a vida me reservou, porque tudo o que acontece tem que ser sempre bem-vindo e de braços abertos!

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