31 maio 2009

Crepúsculo...


Tenho sempre a mais ténue lágrima para ti…
Brotando num lusco-fusco que a mim confias…

Tens habitado em mim solenemente…
E entre rasgos de recordações…
Gotejam esperanças lânguidas…
De memórias destruídas…
Que me impedem de abandonar-te…

Já não distingo as realidades proporcionadas pelo meu alter-ego.
Estará ele tão distante de mim?
Planeará ressuscitar-me para o que existe?
Será mero acaso do esquecimento?
Ou serão tons agudos de dor silenciosa?

Apetecia-me deter as dúvidas,
no teu rosto e nas tuas palavras…
Queria que o manifesto fosse proferido através da mais profunda expressividade que jamais poderei ler…
Se a fatalidade me contestasse,
Voltaria a amanhecer…

Queria a ausência de sentir…
Queria ser como o vento…
Queria tentar omitir…
Este sábio lamento…

Não incomodo mais a tua alma
…que descansa por aí…
Não te grito mais…
…experimenta ouvir os meus ecos.

Sentencia tudo o que sentes…
Sentencia a tua vontade…
E admira a tua verdade….

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