Esculpir com alma é ser-se embaixador e alquimista dum templo de tentações que resiste ao tempo. Numa odisseia, onde é preciso encomendar com antecedência a felicidade, até garantir um oceano de sensações inteiramente nosso!
É preciso resistir ao tempo… sem
saber a duração e o formato da temporalidade…
Locais inesperados fazem – no imaginário
– uma mesa para dois. Quando caídos num, avistamos um avião que desenhou uma
linha de fumo esbatido no céu, que parecia indicar um caminho que deveríamos
seguir.
De olhos em bico, acabamos por nos (re)encontrar…
Lá, onde as mais estranhas naturezas se juntam…
Ou não fosse a rua a melhor sala de
cinema dos nossos dias. São inúmeras as fitas na rua… fitas de rua… sem tempo e
espaço para acontecerem. Um amplo espectáculo aberto para passageiros ou
simples transeuntes, que correspondam aos estímulos de arte! A novos ‘voos’…
No rasto deste fado, o que fica?
Um manto negro. Quiçá uma ardósia, pendurada à porta duma parede velha caiada
de branco, com o horário do espectáculo por definir…
De rugas pisadas no rosto, o desfecho é
simples de adivinhar e, já foi concretizado em palavras, por Oscar Wilde:
«Adoro
as coisas simples. Elas são o último refúgio de um espírito complexo.»
Sim… Entrámos definitivamente noutra
dimensão!
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