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21 outubro 2008

Blind Prison...


São modestas as palavras que tenho de ti.
Cada pensamento é como um arco-íris, que não se esgota a cada cor que em ti vislumbro…
Densos são os movimentos de cada gesto… De cada expressão…
Que as saudades já me impedem de suster.
Beijo-te os lábios em memórias afastadas pelo tempo que corre em desespero…
Esbarro-me frequentemente contra fragmentos teus.
Que satisfação perniciosa.
O que era nosso não morreu.
Simplesmente deixou de o ser.
Qual a chama que morre sem ser apagada?
Aquela que apenas desapareceu para ti…
E em mim se vai esfumando…
Já sinto as nuvens a aproximarem-se numa negritude pronta a desfazer-se em lágrimas.
Chorar faz bem. Desassossega a visibilidade, mas torna-a mais nítida e objectiva.
Estou preparada para tudo o que vem de ti, tendo em conta tudo o que já veio.
Não te desconheço, mas também não reconheço muito dos teus passos…
Ia dizer que caminhávamos na mesma direcção…
Que demente ilusão…
Ia dizer que existíamos…
Pois, as nossas almas ainda vagueiam dançando interpostas…
Porque convivemos com fantasmas e não enxergamos a presença física de alguém que está tão exageradamente próximo?
Cegueira ou pura distracção?

08 outubro 2008

It's Black.... it's White...


Era uma vez a vida veloz de um tempo que incessante não se cansa de passar. (Bem… cá para mim cansou-se porque o raio do tempo hoje não há meio de se pôr a mexer.)
Temo ser nada mais que um pedaço de história.
O que em questão de tamanho resulta pouco.
Os meus olhos vão recolhendo imagens coloridas da estória em que me incluo.
A minha história não tem as cores de conformidade directa, mas não deixa de ser uma.
Mais uma? É possível.
A minha saturação é a mesma que transponho para as fotos, se na vida real o negro poderá ser sinal de desgraça ou infortúnio, nas fotografias, a colecção de cinzas em contrastes mais ou menos discretos recriam a beleza de algo que parece nada mais dar à história, mas que desta forma se eterniza uma vez mais.
O fosso da minha realidade é austero, incapaz.
Os monstros, meros figurantes dos meus pensamentos mais íntimos.
O romance com a vida, delinquente.
Mas basta um olhar, um vago e imediato olhar teu.
Quando me olhas com esse olhar, apetece-me ser selvagem.
Violentamente selvagem. (Pronto. Conseguiste arrancar-me a transcrição do meu pensamento e, não era suposto!)
Estou transparente de tão clara.
Ou, a propósito, sinto-me a preto e branco em contraste atrevido, mas devido.
Estes cinzas fazem-me renascer.
Enunciam o melhor de mim.
Hoje a Fénix sou Eu.