08 outubro 2008

It's Black.... it's White...


Era uma vez a vida veloz de um tempo que incessante não se cansa de passar. (Bem… cá para mim cansou-se porque o raio do tempo hoje não há meio de se pôr a mexer.)
Temo ser nada mais que um pedaço de história.
O que em questão de tamanho resulta pouco.
Os meus olhos vão recolhendo imagens coloridas da estória em que me incluo.
A minha história não tem as cores de conformidade directa, mas não deixa de ser uma.
Mais uma? É possível.
A minha saturação é a mesma que transponho para as fotos, se na vida real o negro poderá ser sinal de desgraça ou infortúnio, nas fotografias, a colecção de cinzas em contrastes mais ou menos discretos recriam a beleza de algo que parece nada mais dar à história, mas que desta forma se eterniza uma vez mais.
O fosso da minha realidade é austero, incapaz.
Os monstros, meros figurantes dos meus pensamentos mais íntimos.
O romance com a vida, delinquente.
Mas basta um olhar, um vago e imediato olhar teu.
Quando me olhas com esse olhar, apetece-me ser selvagem.
Violentamente selvagem. (Pronto. Conseguiste arrancar-me a transcrição do meu pensamento e, não era suposto!)
Estou transparente de tão clara.
Ou, a propósito, sinto-me a preto e branco em contraste atrevido, mas devido.
Estes cinzas fazem-me renascer.
Enunciam o melhor de mim.
Hoje a Fénix sou Eu.