23 janeiro 2007

Era exactamente ali...

Mais do que um abrigo era um refúgio…
Aquele recanto da casa era onde ela se reencontrava com o seu ‘eu’ mais imprevisível.
Muitos pontos de interrogação vagueavam no deserto do seu olhar.
Era uma completa cegueira do mundo em que vivia.
Também era preferível dessa maneira…
O mundo visto com olhos vivos era sujo e poluído demais para querer pertencer-lhe.
Era um recanto que a devolvia ao seu ‘eu’… sempre que tinha necessidade de crescer no seu íntimo e libertar-se da crueldade de um quotidiano previsível, mas convincente…
Em que mundo vives?
Ela preferia não responder…
Raras seriam as pessoas que a compreenderiam.
É esta incompreensão…
Que a envolve em distúrbios existenciais…
No fundo, há tanta coisa que não faz sentido.
Que o melhor é nem sequer tentar encontrar respostas.
Na verdade nem o dicionário tem essa pretensão…

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