24 março 2008

One side of the story...


Chorei cada imagem que via…
E chorava compulsivamente…
Cada fragmento levava-me ao sufoco, à tortura de ver destruído o cenário do nosso amor…
Onde tantas vezes adormecemos embalados pelo som das ondas.
Era o teu ‘cantinho’…
E partilhava-lo comigo…
Vivemos o desejo…
Transpiramos o calor do nosso fogo…
Que ardia…
Fomos cúmplices do bater das ondas…
Que nos embalava na busca da entrega total àquele momento…
Gemíamos estridentemente e as nossas almas fundiam-se num só corpo…
Formara-se um eco na noite…
O eco do nosso amor…
A noite acompanha os amantes abrigando-nos…
Entregávamo-nos única e exclusivamente ao poder sobrenatural que nos unia…
Estávamos sob o capricho da paixão e do desejo…
A cada beijo que roubávamos um do outro.
Causa natural é o diagnóstico daquele avanço do mar…
Daquele óbito anunciado…
Os vários recantos onde tudo aconteceu…
Onde adormecemos…
Acordamos…
Amamos…
Nem as intempéries estão a meu favor.
Era exactamente ali…
E agora tudo ficou destruído…
O nosso ninho de amor está prestes a desaparecer…
Parece que não sobram réstias do nosso amor…
Todo o meu amor foi levado com fúria, a fúria da dissolução… de tudo.
Do amor que se fez,
Do amor que se teve e que se consumou na rebelião do calor de dois corpos mitigados de prazer… Gosto-te…
Hoje mais, amanhã mais e depois de amanhã ainda mais…
Aumentará sempre o meu sentimento por ti…
Perdi-te…eu sei…
Talvez um dia desses redescubra o amor noutros olhos e noutro sorriso…
(Aguardo que sejas Tu…)

3 comentários:

Anónimo disse...

Finalmente. Gostava que já tivesses revelado estas palavras há algum tempo atrás mas gosto mais que tenhas encontrado o TEU tempo certo para o fazer... Como se diz por aí: bola pra frente! O que lá vai... Beijinhos Ju

Anónimo disse...

Boa. Gostei de saber que que vais seguir em fremte e cheia de força , tu vais conseguir tudo o que queres, pois mereces tudo de bom . So te desejo muitas felicidades .
Um grande beijo deste amigo perdido no AZUL profundo do oceano.

Misantrofiado disse...

Alguém que ambos sabemos admirar, escreveu:

“As lentas nuvens fazem sono,
O céu azul faz bom dormir.
Bóio, num íntimo abandono,
À tona de não me sentir.

E é suave, como um correr de água,
O sentir que não sou alguém.
Não sou capaz de peso ou mágoa.
Minha alma é aquilo que não tem.

Que bom, à margem do ribeiro
Saber que é ele que vai indo…
E só em sono eu vou primeiro,
E só em sonho eu vou seguindo.”

Invoco-te tal citação na desabituação da rotina de determinadas frases que mais não conseguem que ocupar um espaço arado vagamente, porque distinto é, mesmo que inóspito e nada fértil.
Lembro-te tal citação para que nunca abras a mão… dessas palavras acarreadas do passado, queimando-te a epiderme como que lembrando… murmurando baixinho a verdade do caminho e a verdade é que não há caminhos a direito, por muito que os desejemos.
8, foram as vezes que o mencionaste nessa particular estória que… não faz história.