15 setembro 2009

Solta-se a tampa...??


Este coração obriga-se a estar vazio.
Despojado de alma… De corpo que já não sente…
Um pavio que já não se quer queimar… porque a essência já se perdeu…
É uma cera neutral… sem odor… que se limita a aquecer e a dissipar-se…
Será que algum dia despertará para a vida que o espera?
Ou dormitará etereamente…?
Seguirá exclusivamente o caminho do mundo dos sonhos, beijando lábios… e abraçando almas…? Conseguirá dissociar-se dos ‘outros’?
Inevitavelmente atesta-se um veredicto recorrente e cúmplice…
Quantas vezes se foge… para não se comprometer o espírito…?
Tudo o que é fácil não demonstra grandes desafios, mas vale-se pela segurança que afiança.
Estes pressupostos são tão desajustados, quanto erróneos…
A perfeita dúvida existencial da escolha que nem sempre é a mais correcta…
A sabedoria empírica é sempre tão desajustada.
Sempre tão pragmática.
E não menos imprevisível.
Vamos fazer caretas ao amor?
E ser marionetas do coração que não se predispõe a obedecer-nos?
Pode ser???

A tampa que salte…
Os macacos do sótão que entrem em época estival…
E que toda essa euforia resulte em felicidade…
Até porque sorrir a tempo inteiro, vai mostrar como um letreiro:
Reflexos de amor sem idade…

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