28 abril 2008

ODE À ELENTARI

SE EU PUDESSE

Se eu pudesse trincar a terra toda
E sentir-lhe um paladar,
Seria mais feliz um momento...
Mas eu nem sempre quero ser feliz.
É preciso ser de vez em quando infeliz
Para se poder ser natural...

Nem tudo é dias de sol,
E a chuva, quando falta muito, pede-se.
Por isso tomo a infelicidade com a felicidade
Naturalmente, como quem não estranha
Que haja montanhas e planícies
E que haja rochedos e erva...

O que é preciso é ser-se natural e calmo
Na felicidade ou na infelicidade,
Sentir como quem olha,
Pensar como quem anda,
E quando se vai morrer, lembrar-se de que o dia morre,
E que o poente é belo e é bela a noite que fica...
Assim é e assim seja...

3 comentários:

Anónimo disse...

És uma doida por deixar uma ode à Elentari... mas a Elentari agradece. :) Porque és minha amiga em primeiro lugar. Porque escolheste um poema belíssimo. Porque não há felicidade sem dor. Porque... Beijinhos

Misantrofiado disse...

...e quando a chuva é demais pensamos ou deviamos lembrar que não pode chover para sempre.

Boa escolha, desse que ambos admiramos :)

Alí a foto está... (as you know)

Anónimo disse...

""E quando se vai morrer, lembrar-se de que o dia morre,
E que o poente é belo e é bela a noite que fica...
Assim é e assim seja... ""
Mas o amanhecer é ainda mais belo !!!
Bjs.
Do meio do Atlantico.