14 junho 2010

Mortes de alma...


E o tempo passou, mais célere que o habitual.
Bem longe das promessas que um dia foram proferidas…
Mataste a minha oportunidade de brilhar a teu lado e sermos um porto de luz…
Quem não morre, mata. Mas tu morreste e mataste a certeza que um dia apenas tu construíste.
Estava longe dum desfecho destes… Passando da vida real, à ficção…
São os filmes mais enigmáticos, aqueles que realçam as dúvidas que questionamos em silêncio.
E tu serás uma eterna dúvida, porque ao que parece alcançaste a vida eterna…
A chama imensa… E queimaste o amor que trazias no peito…
A ambição tem desses constrangimentos… Pode ser mulher…
Morres por um ser feminino sem vida, indiferente, triste, demente… com um rigor desmedido.
Poucas são as vezes que acerto no horário do amor.
O meu fuso horário está cada vez mais ultrapassado.
O ‘tic’ e o ‘tac’ já não dão as mesmas pancadas taxativas e pragmáticas.
É um badalo seco. Cansado. Abafado.
Morreste feliz ou contrafeito?
Será possível averiguar esse estado a instantes do fim?
Morrer é morrer. É o mais coerente ponto final incalculado.
É preciso morrer primeiro para te matar de vez.
Como se fosse preciso morrer para matar.
Entre enterrar um defunto e deixá-lo definhar-se até carcomer-se de vermes…
Prefiro queimar-me noutros fogos…
E renascer das cinzas…

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