23 junho 2010

Verto sons de água...


Acredito nos sinais desesperados que se atropelam no meu (in)consciente.
É na vã esperança que um dia o BEM dê tréguas ao MAL, ou vice-versa, que já se me ultrapassa o que julgo serem as verdades universais…
Um simbólico aperto de mão, tenho a leve impressão que bastaria!
Atrapalha-me a presunção desconexa com a realidade, pela qual criaturas seduzidas por desfechos oportunos se deixam perverter…
Os excessos maltratam qualquer dissidente convicto.
No dilúvio de hipóteses que se me depredam, apregoam-se-me gritos abafados de vozes que de tão menores já não conseguem chegar a lado nenhum.
Longe, aumenta-se a voz dum piano rouco que me converte os sentidos em lágrimas…
A cada nota o entusiasmo envolve-me num estado letárgico em que alcanço o silêncio, mesmo entre notas de uma gravidade efémera…
O mesmo silêncio que desejaria não recuperar enquanto o mundo estivesse tão desavindo.
A meio de um processo criativo a filosofia das minhas estirpes são tão díspares, que me interrogo sobre a identidade do meu ser...
Já não sei se sou, sendo…
Se respiro, se vivo… vivendo…
Ou se alguma vez fui…
(emendo).

6 comentários:

Anónimo disse...

Decididamente... este post deixou em silêncio... a pensar...

Fernando Tavares disse...

Gostei.
***

Carla disse...

somos sempre
...nem que seja o som da água em grossas lágrimas a jorrar~na face vermelha pela febre
beijo

Eldazinha disse...

Olaaaa Sr. Interpessoal!!!

O silêncio é uma manifestação válida... Depois de o contextualizar em off... Espero que o silêncio... lhe tenha mostrado outros contornos, que não o inicial!

Eldazinha disse...

Fernando, Obrigada pela visita!!!

Volta... =)

Bjs**

Eldazinha disse...

A Carla maravilha-me sempre com as doces palavras... (quiçá respostas)Espero que o seu blog traga mais palavras, pois a ausência delas é notória...

Beijitos

Espero que esteja tudo a correr bem!!!