SILÊNCIO E TANTA GENTE
"Às vezes é no meio do silêncio
Que descubro o amor em teu olhar
É uma pedra, é um grito
Que nasce em qualquer lugar
Às vezes é no meio de tanta gente
Que descubro afinal aquilo que sou
Sou um grito ou sou uma pedra
De um lugar onde não estou
Às vezes sou o tempo que tarda em passar
E aquilo em que ninguém quer acreditar
Às vezes sou também um sim alegre ou um triste não
E troco a minha vida por um dia de ilusão
E troco a minha vida por um dia de ilusão
Às vezes é no meio do silêncio
Que descubro as palavras por dizer
É uma pedra ou é um grito
De um amor por acontecer
Às vezes é no meio de tanta gente
Que descubro afinal p'ra onde vou
E esta pedra, e este grito
São a história daquilo que eu sou
Às vezes sou o tempo que tarda em passar
E aquilo em que ninguém quer acreditar
Às vezes sou também um sim alegre ou um triste não
E troco a minha vida por um dia de ilusão
E troco a minha vida por um dia de ilusão
Às vezes sou o tempo que tarda em passar
E aquilo em que ninguém quer acreditar
Às vezes sou também um sim alegre ou um triste não
E troco a minha vida por um dia de ilusão
E troco a minha vida por um dia de ilusão"
MARIA GUINOT - Eurovisão 1984
03 março 2007
24 fevereiro 2007
Frases Soltas...
“Se os meus inimigos pararem de dizer mentiras a meu respeito, eu paro de dizer verdades sobre eles.”
Anita Labella
“Se não te puderes destacar pelo talento, vence pelo esforço.”
Dave Weinbaum
“Quem 60 ao teu lado e 70 por ti, vai certamente rezar 1/3 para arranjar ½ de te levar para ¼ e dizer: 20 comer...” =)
“A sua vida não é uma coincidência.
A sua vida é a consequência de você mesmo.”
“As pessoas vivem de dia.
As estrelas saem à noite.”
“Se o amor é cego, o negócio é apalpar.”
“O amor é como a relva. Você planta e ela cresce. Aí vem uma vaca e acaba com tudo!”
“Sabias que quando sonhas com a pessoa que gostas, essa pessoa dormiu a pensar em ti?
Quando te escapa o nome de uma pessoa, ela está a pensar em ti?
Quando olhas nos olhos quer-te mais do que pensas?
Quando olha muito não pode viver sem ti?
Se se despede apressadamente é porque não te quer deixar ir?”
Autores desconhecidos
Anita Labella
“Se não te puderes destacar pelo talento, vence pelo esforço.”
Dave Weinbaum
“Quem 60 ao teu lado e 70 por ti, vai certamente rezar 1/3 para arranjar ½ de te levar para ¼ e dizer: 20 comer...” =)
“A sua vida não é uma coincidência.
A sua vida é a consequência de você mesmo.”
“As pessoas vivem de dia.
As estrelas saem à noite.”
“Se o amor é cego, o negócio é apalpar.”
“O amor é como a relva. Você planta e ela cresce. Aí vem uma vaca e acaba com tudo!”
“Sabias que quando sonhas com a pessoa que gostas, essa pessoa dormiu a pensar em ti?
Quando te escapa o nome de uma pessoa, ela está a pensar em ti?
Quando olhas nos olhos quer-te mais do que pensas?
Quando olha muito não pode viver sem ti?
Se se despede apressadamente é porque não te quer deixar ir?”
Autores desconhecidos
23 fevereiro 2007
Escolhe um caminho... e vive a tua felicidade...
Vitória, Esperança, Glória e Felicidade eram quatro amigas íntimas.
A cada dia que passava partilhavam respectivamente vitórias, esperanças, glórias e momentos de felicidade....
Eram tão unidas que não viviam umas sem as outras e se alguma se sentia em baixo as outras tratavam logo de restabelecer-lhe o equilíbrio.
Um dia Vitória e Glória que eram as mais destemidas e extrovertidas do grupo tentaram a sua sorte mas esta saiu-lhes furada...
Boicotaram-lhe todo o seu trabalho, as suas ideias e também os seus sonhos...
Esperança e Felicidade ao saberem de tal infortúnio foram ter com elas com a rapidez de um cometa...
Elas eram mais calmas, passavam despercebidas, mas sabiam encontrar a maneira de proporcionar alegria, mesmo quando tudo desaparece...
Quando tudo foge das mãos...
E a sorte vira as costas...
Juntas plantaram felicidade e esperança e dia-após-dia viram crescer optimismo e segurança...
E tudo aconteceu com o devido tempo...
E... Sem cronometragem... sem contagem... e, sem querer...
Vitória encontrou Prazer...
Glória encontrou Paixão...
Felicidade encontrou Momento...
E Esperança encontrou o Amor...
Dizem que os opostos se atraem... e há sempre uma marca feminina sensível que aproxima estes dois pólos tão distantes...
Todos estavam de acordo que iriam ser felizes para sempre... pois...
Não há maior Prazer que a Vitória...
Não há Paixão sem Glória...
Não há Momento sem Felicidade...
E não há Amor sem Esperança...
A cada dia que passava partilhavam respectivamente vitórias, esperanças, glórias e momentos de felicidade....
Eram tão unidas que não viviam umas sem as outras e se alguma se sentia em baixo as outras tratavam logo de restabelecer-lhe o equilíbrio.
Um dia Vitória e Glória que eram as mais destemidas e extrovertidas do grupo tentaram a sua sorte mas esta saiu-lhes furada...
Boicotaram-lhe todo o seu trabalho, as suas ideias e também os seus sonhos...
Esperança e Felicidade ao saberem de tal infortúnio foram ter com elas com a rapidez de um cometa...
Elas eram mais calmas, passavam despercebidas, mas sabiam encontrar a maneira de proporcionar alegria, mesmo quando tudo desaparece...
Quando tudo foge das mãos...
E a sorte vira as costas...
Juntas plantaram felicidade e esperança e dia-após-dia viram crescer optimismo e segurança...
E tudo aconteceu com o devido tempo...
E... Sem cronometragem... sem contagem... e, sem querer...
Vitória encontrou Prazer...
Glória encontrou Paixão...
Felicidade encontrou Momento...
E Esperança encontrou o Amor...
Dizem que os opostos se atraem... e há sempre uma marca feminina sensível que aproxima estes dois pólos tão distantes...
Todos estavam de acordo que iriam ser felizes para sempre... pois...
Não há maior Prazer que a Vitória...
Não há Paixão sem Glória...
Não há Momento sem Felicidade...
E não há Amor sem Esperança...
Os laços de amizade entre todos aumentou...
Quando são fortes ultrapassam tudo...
Perdoam tudo... porque há sempre maneira de contornar as adversidades...
Virtudes, sentimentos, entraves serão sempre personificados em nós... que vivemos para aprender todos os dias mais um grão de areia na imensidão desse deserto que se chama Universo...
Que o mar devolva a paz a Esmoriz...
Hora
"Sinto que hoje novamente embarco
Para as grandes aventuras,
Passam no ar palavras obscuras
E o meu desejo canta --- por isso marco
Nos meus sentidos a imagem desta hora.
Sonoro e profundo
Aquele mundo
Que eu sonhara e perdera
Espera
O peso dos meus gestos.
E dormem mil gestos nos meus dedos.
Desligadas dos círculos funestos
Das mentiras alheias,
Finalmente solitárias,
As minhas mãos estão cheias
De expectativa e de segredos
Como os negros arvoredos
Que baloiçam na noite murmurando.
Ao longe por mim oiço chamando
A voz das coisas que eu sei amar.
E de novo caminho para o mar."
By Sophia de Mello Breyner Andresen
10 fevereiro 2007
Just for you: Connected Soul...

Podia criar um dicionário de palavras que te descrevessem...
Mas seria uma edição incompleta.
O amor da amizade é vasto demais para poder contabilizar apenas um conjunto de adjectivos....
Choro cada palavra que escrevo... não de tristeza... mas de SAUDADE...
Inspiro, expiro calmamente...
Soluço nas recordações que te fazem única...
Recordo as soluções que encontramos juntas...
Se há um ombro, um colo amigo... delicioso... é o teu.
Foi lá que enxuguei lágrimas, foi lá que encontrei conforto nos momentos menos bons....
Mas é na tua presença, no teu sorriso, no teu brilho tão genuíno que tenho a certeza que vamos passar bons momentos...
Podes partir hoje... amanhã...
Mas sei que estarás sempre comigo, assim como eu estarei sempre contigo no pensamento... no coração...
Parte...
Voa...
Alcança o teu mundo...
Os teus sonhos...
A tua vida...
Os teus amores...
As tuas paixões...
E que a felicidade te acompanhe... todos os dias...
Adoro-te...
Conta sempre com esta Amizade...
Vais deixar sempre Saudade...
Obrigada por existires no meu mundo...
Mas seria uma edição incompleta.
O amor da amizade é vasto demais para poder contabilizar apenas um conjunto de adjectivos....
Choro cada palavra que escrevo... não de tristeza... mas de SAUDADE...
Inspiro, expiro calmamente...
Soluço nas recordações que te fazem única...
Recordo as soluções que encontramos juntas...
Se há um ombro, um colo amigo... delicioso... é o teu.
Foi lá que enxuguei lágrimas, foi lá que encontrei conforto nos momentos menos bons....
Mas é na tua presença, no teu sorriso, no teu brilho tão genuíno que tenho a certeza que vamos passar bons momentos...
Podes partir hoje... amanhã...
Mas sei que estarás sempre comigo, assim como eu estarei sempre contigo no pensamento... no coração...
Parte...
Voa...
Alcança o teu mundo...
Os teus sonhos...
A tua vida...
Os teus amores...
As tuas paixões...
E que a felicidade te acompanhe... todos os dias...
Adoro-te...
Conta sempre com esta Amizade...
Vais deixar sempre Saudade...
Obrigada por existires no meu mundo...
Eu vou estar sempre aqui.
09 fevereiro 2007
You save my day... Thank'U
E perdia-se em pensamentos distorcidos...
Apanhei-me a viajar no teu olhar...
No teu sorriso...
Na doçura da tua voz...
Notei que ficaste desconcentrado e que sorriste enquanto fazias uma pausa para te recompores... e ordenares ideias...
Há dias mágicos... aquele foi um deles.
Depois de estar contigo lembro-me que tropecei numa dessas escadas e caí...
Levantei-me de imediato com a vergonha natural de alguém avistar o meu infortúnio...
Doía, sangrava da queda mas também eu estava com um sorriso nos lábios muito puro... muito meu...
Quem é que cai, se magoa e ainda sorri?
É o efeito pós dosagem qb (ou não) do medicamento ‘paixão’...
Ora, a ‘teoria’ está para a ‘prática’ assim como o ‘platónico’ está para ‘x’...
Esta regra de três simples dos sentimentos não dá para encontrar resultados com a mesma exactidão da matemática... É pena!
“A vida é feita de Caminhos
Caminhos que levam...
Caminhos que trazem sonhos, alegrias, tristezas, amores, esperanças...”
“Dá valor a cada momento que vivas e esse tesouro terá mais valor se o partilhares com alguém muito especial, especial o suficiente para lhe dedicares o teu tempo...
Lembra-te que o tempo não espera por ninguém...”
“O Ontem é um cheque usado.
O Amanhã é uma nota promissória.
O Hoje é o único dinheiro que tem.
Gaste-o com sabedoria....!!!” (by KayLyon)
Bem... hoje por mais que tente vou andar com aquele sorriso parvo!
03 fevereiro 2007
Enough

A madeira que ornamentava aquele lugar dava-lhe um ar acolhedor.
Ao fundo uma lareira aquecia o frio que o inverno trouxe.
As luzes que ali habitavam eram foscas, ténues deixando transparecer a idade daquele lugar.
Alojei-me mesmo ao lado da lareira, precisava aquecer-me.
A lenha ardia em labaredas voluptuosas. Dali a nada teria que ser reposta para a chama não voltar a apagar.
O barman veio ao meu encontro registar o pedido. Pedi um chá de menta. Dizem que faz bem ao coração. Talvez ele também precisasse de calor...
Abri o saco e tirei o livro que tinha comprado e aquele era o ambiente ideal para deixar-me viajar pelo mundo, sem sair do sítio através de um livro.
Passaram-se três horas... o chá arrefecera, anoitecera e aquele espaço estava amontoado de gente...
A leitura tinha-a envolvido como um edredon à noite quando nos aconchega os sonhos que vêm e vão.
Penetrara fragmentos cruzados de histórias de vida. E assim matava o tempo ouvindo pelo o olhar muitas vozes carimbadas nas folhas dum livro.
Espantava a solidão mesmo rodeada de tantos desconhecidos.
Entre grunhidos, gargalhadas e a música ambiente apenas escutava as palavras de um livro.
Curiosamente era um nome masculino e falava comigo, mesmo que em monólogo.
Soa interessante a ideia de um estranho falar-te ao coração, inserir-te no seu mundo com a vantagem de ficar sempre disponível para ti e a teu lado!
Interiorizei todos aqueles pensamentos soltos...
E só não desatei a rir, porque parecia mal. Já bastava os esboços de sorrisos inevitáveis ao passo que avançava no livro.
Não queria que me interpretassem como louca, ou ridicularizassem a idiota.
Senti-me óptima. Como já não me sentia há imenso tempo.
Entretanto, aquela tarde de sábado terminara... e a noite já tinha caído sem querer...
Fui embora. Mais tarde a companhia seria a mesma... estava certa que ia passar tempo de qualidade. E sobretudo sentir-me bem.
Que mais podia pedir?
01 fevereiro 2007
E as nuvens vão embora?

Paro no tempo...
Arranco uma página do calendário e escrevo outra.
As intenções são boas.
Mas vem o vento, e a página voa... Desaparece.
Já não me sinto capaz de escrever uma única palavra.
Perdi os últimos pensamentos lúcidos que me restavam.
Nunca vou conseguir reescrever aquela página.
Eis que tento...
Eis que desisto, aquele dia ficou perdido no vento.
Podia oferecer uma boa soma para quem encontrasse aquelas palavras e mas restituísse...
Mas se ordenou o destino que elas se perdessem...
Deixá-las vaguear sem rumo é o melhor caminho...
Há palavras assim. Soltam-se sem cabimento e tomam a liberdade que lhes é tão natural.
Entre o silêncio e a palavra, entre a escuridão da noite e o dia, entre o vento que sopra e a neve que congela, entre as páginas que arranco e as que deixo ficar, entre o amor e a dor, entre o mundo que escolho e o vazio que encontro, entre a vida e a morte, entre o bem e o mal, entre a solidão e a companhia, entre tu e eu...
Escolho... escrever página a página e sem rascunho... o que a vida me reservou, porque tudo o que acontece tem que ser sempre bem-vindo e de braços abertos!
30 janeiro 2007
Já podes adormecer...

Arrastá-las pelo rosto...
É um desabafo mudo, imbuído de memórias curtas mas perfeitas...
A cada gota que escorre...
Esgoto-te em mim....
Frio, perdido, caído...
Acho-te todos os dias...
Mataste a tua alma com o desacerto do teu viver...
Arde a ferida que não sara...
Cura-se a alma sozinho...
Recupera-se o tempo perdido...
E intensifica-se a urgência do Adeus...
(À Ana Labella espero que seja isto que precises! As melhoras! Anima-te!)
23 janeiro 2007
Era exactamente ali...

Aquele recanto da casa era onde ela se reencontrava com o seu ‘eu’ mais imprevisível.
Muitos pontos de interrogação vagueavam no deserto do seu olhar.
Era uma completa cegueira do mundo em que vivia.
Também era preferível dessa maneira…
O mundo visto com olhos vivos era sujo e poluído demais para querer pertencer-lhe.
Era um recanto que a devolvia ao seu ‘eu’… sempre que tinha necessidade de crescer no seu íntimo e libertar-se da crueldade de um quotidiano previsível, mas convincente…
Em que mundo vives?
Ela preferia não responder…
Raras seriam as pessoas que a compreenderiam.
É esta incompreensão…
Que a envolve em distúrbios existenciais…
No fundo, há tanta coisa que não faz sentido.
Que o melhor é nem sequer tentar encontrar respostas.
Na verdade nem o dicionário tem essa pretensão…
My soul...

As almas o enlace!”
Porque a teoria não iguala a prática?
Dia após dia é complicado entender o domínio que se apodera de mim… num quadro fantasmagórico de pensamentos, incertezas, oscilações de humor, em que tudo parece tudo… nada parece tudo… pensar não ajuda e gerir-me é estranho…
Descubro que vai ser tudo diferente um dia… porque “a vida é feita de lutadores e não de espectadores.”
Memories...

Por decidires que sou portadora de uma voz interior que reparte tristezas, alegrias e foge para a solidão para sofrer calada e sozinha, distante de tudo para que ninguém ouça o choro desmedido das alegres memórias um dia criadas e eternizadas nas páginas do livro do coração.
“O verdadeiro amigo é aquele que segura a tua mão e toca o teu coração.”
Bastava isso. Era pouco.
É pena que o teu coração não ouça e nem sinta estas palavras….
“Embora ninguém possa voltar atrás e fazer um novo começo, qualquer um pode começar agora e fazer um novo fim.”
Se qualquer dia é dado como válido para um começo….
Desperte-se a vontade de tentar.
Volta e MEIA...
Há a meia de leite (que representa o dobro de um pingo ou como dizem lá pra baixo ‘garoto’)
Há a meia torrada (que está com a designação correcta)…
Tirando estas excepções (regulares),
MEIAS. SÓ NOS PÉS! E já têm lugar cativo.
Tenho dito.
Há a meia torrada (que está com a designação correcta)…
Tirando estas excepções (regulares),
MEIAS. SÓ NOS PÉS! E já têm lugar cativo.
Tenho dito.
22 janeiro 2007
Questões presentes

“(…) Eu não faço amor por fazer
Tem que ser muito mais que o prazer (…)”
Na altura achava palavras com sentido, mas não me apercebia que aquilo era muito mais que meras palavras amontoadas num ritmo melancólico, que classifica aquela canção como: ‘romântica’.
Será que a percepção de amar-te não pelo o que tu és mas pelo o que eu sou quando estou contigo te diz alguma coisa?
Nunca quis controlar o incontrolável.
Em breve o presente será passado, mas nunca futuro…
É por isso que não se pode deixar que o presente seja um passado sem futuro….
Entre avanços e recuos constatei que estava inerte de vida naquele presente…
Aí ocorreu-me uma frase de Stella Adler: “A vida bate e estraçalha a alma e a arte lembra-nos de que temos uma.”
Respondi-me.
16 janeiro 2007
Anjos do silêncio...

O que se esperava?
Uma tragédia certamente.
E não estava enganado.
Era um silêncio gélido, balançante, que nem o zumbido de um insecto se ouvia.
Estava petrificado e sem saber o que fazer.
Não gesticulava com as mãos.
Não soletrava uma palavra… nem um gemido…
Era um silêncio de morte.
Tinha-me apaixonado.
E soube naquele momento.
Já não me sentia assim há muito tempo.
Adoeci.
Já não era o mesmo… fui atingido pela sua voz…
Pelo calor da sua presença.
E estava ali parado.
Saboreando a minha doce morte de vida só e pobre.
Apaixonara-me como um veneno que entra e teima em não desaparecer.
Da minha testa vertiam suores de delírio intenso…
Ela enfeitiçara-me apenas com a sua presença sublime.
Embruteci. Emudeci. Morri.
Acordara.
Tinha tido o sonho mais violento… mais desesperante…
Sentia-se perdido e confuso.
Transpirava imprecisões.
Tudo parecia demasiadamente real.
Abrira a cortina e ainda não tinha amanhecido.
Preparava-se para repousar mais um pouco.
As ideias fervilhavam em contradições.
Mas ele queria voltar a adormecer… e remar em busca das respostas do inconsciente.
Voltar àquele sonho que o deixara transtornado… enfeitiçado… preso.
Ela tinha desaparecido da sua vida, dos seus dias… dos seus sonhos…
Ele estava impaciente. Vivia obcecado com aquele sonho.
Procurava-a e não a via.
Chamava-a ela não ouvia.
Os anjos passam pelas nossas vidas, viram-nas do avesso.
E prosseguem no desfile de máscaras, impunes e alegres…
Foto tirada a 6 Janeiro 2007 @ Espinho
Fica sempre qualquer coisa...

E não era. Eu sabia.
Fazia-me falta aquele ambiente em que me entregava sem rodeios...
E fazia tanta gente feliz.
Eram as conversas sempre animadas, os sorrisos tímidos arrancados, as gargalhadas estridentes em série...
Os maxilares chegavam a doer de tanto rir.
Era o ambiente perfeito em que apenas me viram chorar uma vez.
Tinha chegado o momento das despedidas.
Custava imenso deixar o que tinha construído.
Custava largar os meus dias felizes.
Parti.
Precisava de tempo.
Para viver, para respirar para me encontrar, para pensar...
Por momentos encontrei-me no meio do inferno, mesmo sendo Inverno.
Faltava apenas a temperatura subir e não encontrava diferenças...
Parece que passou um tufão por mim e me deixou estranha de mim mesma.
Agora já tenho tempo.
Ergo os braços e abraço-te com o meu sorriso.
Bússola do tempo...

Sei que sou a minha própria bússola... mas os meus pontos cardeais estão ligeiramente sem orientação.
Há arranjo para bússolas desajustadas...? Desalinhadas...?
Saber... tiraria o encanto da imprevisibilidade do desconhecido.
A minha Amazónia faz-me perder de mim e encontrar-me quando já não pretendo decidir...
08 janeiro 2007
Amor em Branco...

Ouvia-se o ritmo da melodia sem palavras...
A solidão apoderara-se daquelas notas que já não faziam sentido longe da doçura da sua voz.
"Música é o Amor à procura duma Palavra..."
Procurava as palavras perfeitas.
Escolhia a narrativa porque a poesia estava destinada aos amantes da lua...
Que a descreviam como a única mulher que pairava entre as estrelas...
O conceito de música estava devastado...
Acabaram os poetas...
Perderam-se os compositores...
E os instrumentos desafinaram com o tempo... que foi passando lentamente...
O Maestro tentou recuperar a Orquestra e até chamou os melhores sopranos e tenores que conhecia...
Mesmo assim nada parecia resultar, porque o seu coração estava fraco.
E vazio da paixão que sempre o acompanhou: A música.
Se o maestro não consegue conduzir a música...
É porque a paixão acabou e o amor nunca chegou a existir...
Uma vida de paixões, nunca chega a Amar nada verdadeiramente.
DOIS

Ali não houve química nem 'física'...
Eram dois conhecidos, dois estranhos que se acabaram de conhecer e cujos corações não se abraçaram.
Era a perfeita história de desamor que conhecia. Igual a tantas outras, mas era dela. Apesar de ser mais uma.
Às vezes estamos só de 'passagem' porque não nos carimbam o passaporte...
E assim acontece quando dois corações são incompatíveis demais para seguir viagem!
Uma viagem é uma descoberta e só o medo de correr riscos nos impede de nos encontrarmos.
"O medo...
O medo leva-nos a perder coisas únicas na vida, a não arriscar o que se procura, a desistir do que se pode ter.
O medo leva-nos à loucura, ao isolamento, à solidão...
O medo leva-nos a perder a felicidade tantas e tantas vezes simplesmente porque temos medo de tentar...
Medo de dar o primeiro passo em frente e enfrentar o que o coração manda e a razão teima e trava...
A vida são dois dias...
Não vale a pena pensar muito... há que viver cada minuto como se fosse o último."
Sabes... um dia vais ter que começar a confiar em alguém...
Porque não começas comigo?
AI O AMOR!!!!!!!!!!!!!!!
"O amor, quando se revela,
Não se sabe revelar.
Sabe bem olhar p’ra ela,
Mas não lhe sabe falar.
Quem quer dizer o que sente
Não sabe o que há-de dizer.
Fala: parece que mente
Cala: parece esquecer.
Ah, mas se ela adivinhasse,
Se pudesse ouvir o olhar,
E se um olhar lhe bastasse
Pra saber que a estão a amar!
Mas quem sente muito, cala;
Quem quer dizer quanto sente
Fica sem alma nem fala,
Fica só, inteiramente!
Mas se isto puder contar-lhe
O que não lhe ouso contar,
Já não terei que falar-lhe
Porque lhe estou a falar…"
Fernando Pessoa
Não se sabe revelar.
Sabe bem olhar p’ra ela,
Mas não lhe sabe falar.
Quem quer dizer o que sente
Não sabe o que há-de dizer.
Fala: parece que mente
Cala: parece esquecer.
Ah, mas se ela adivinhasse,
Se pudesse ouvir o olhar,
E se um olhar lhe bastasse
Pra saber que a estão a amar!
Mas quem sente muito, cala;
Quem quer dizer quanto sente
Fica sem alma nem fala,
Fica só, inteiramente!
Mas se isto puder contar-lhe
O que não lhe ouso contar,
Já não terei que falar-lhe
Porque lhe estou a falar…"
Fernando Pessoa
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