22 outubro 2006

Disco sem rotações...

Embriago-me de notas musicais…
Fico em coma duma overdose…
De música…
Descompassada…
Ultrapassada…
E continuo com sede… dela…
Todos os dias que passam…
Formo uma música…
Componho…
Entrego-me…
Deliro…
Fujo do silêncio…
E rendo-me aos tempos mortos…
Que acordam das profundezas…
Só por ouvir o som dos sentimentos incutidos na melodia de um dia normal…
Os ouvidos não se cansam de ouvir…
Desperto…
Acerto…
Vivo em constante… clave de fá…
Porque a de sol já está gasta…
O tempo passa em semicolcheia…
O grave agudiza-se…
Todas as estratégias ficam vencidas…
E os sonhos… vingam…
Pela força do sentimento…
Que não leva jeito…
Que não se leva com o vento…
Mas podia voar…
P’ra longe da fúria das cordas da tua guitarra…
Da alma do som da harpa…
Que desassossega as almas…
Da chama que se apagou… pelo tempo…

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