31 março 2007

Envolvência das Nuvens...

Deixei-me ir como o vento… com o vento.
Sempre com uma direcção pronta a mudar… com o tempo.
Ele soprava nas minhas costas como se me abraçasse e acompanhasse no meu caminho.
À medida que o tempo ia passando, esse vento começou a soprar forte demais… e senti-me presa a ele, capaz de ir com ele para qualquer lado.
Chegou a tempestade e a minha fraqueza impediu-me de estar a seu lado.
Não conseguia alcançá-lo na sua marcha demasiado forte.
Fui ficando para trás e a chuva tomava conta de mim.
Já não tinha o vento a empurrar-me para a vida.
Queria acreditar que era chuva de Inverno.
Vinda em altura imprópria, que o tempo andava trocado, como vulgarmente se costuma dizer…
Restavam os meus sonhos, viver no meu mundo de sonhos…
É possível perder o rumo e retomá-lo.
Começar de novo.
Hoje perco-me num céu azul coberto de raios de sol… e envolvo-me num manto de nuvens aconchegantes, macias, ternas… Sem vento… Sem mau tempo… com formas inesquecíveis…
Brinco, salto como se fossem um trampolim transcendente de mistérios, segredos e diversão…
Encontrei a beleza a cada sorriso que dou.
Houve muitos raios em sinal de recaída.
Houve trovoada estridente e persistente.
A chuva e o arco-íris misturaram-se muitas vezes.
Perdi o chão até…
Hoje sinto a brisa que corre e se esbarra no meu rosto.
Sinto alguns fios de cabelo a esvoaçar…
E mantenho-me no meu lugar.

26 março 2007

Empty place...

Há dias que te queria contar o meu modo de viver.
Encontrar as palavras que justificam cada gesto, cada olhar e cada tentativa de respiração…
Na esperança de viver mais um segundo intensamente….
Foge-me essa pretensão porque não te conheço… Vejo apenas um rosto.
Distante, triste, caótico e pobre.
É assim que se descreve a outra face de alguém que deixa de existir.
Mas que não morre.
“Se só eu senti então compreendi o que me causa toda esta dor” (in OSMOSIS)
Mas do mesmo jeito sei que preciso experimentar todos os sabores para me conseguir libertar deles…
Foi estranho partir de viagem sem grandes objectivos…
E sem aquele apego a nada nem a ninguém, que fica ou vou encontrar…
Aprendi a conviver com o vazio.

17 março 2007

Porque vale a pena 'living on MY own'...



"Sometimes I feel Im gonna break down and cry (so lonely)
Nowhere to go nothing to do with my time
I get lonely so lonely living on my own

Sometimes I feel Im always walking too fast
And everything is coming down on me down on me
I go crazy oh so crazy living on my own

Dee do de de dee do de de
I dont have no time for no monkey business
Dee do de de dee do de de
I get so lonely lonely lonely lonely yeah
Got to be some good times ahead

Sometimes I feel nobody gives me no warning
Find my head is always up in the clouds in a dreamworld
Its not easy living on my own"

Freddie Mercury - Queen

12 março 2007

Silêncio de emoções


Foi silêncio o que ecoou em mim, naquele momento.
Nem queria acreditar no que me estava a acontecer.
Apenas o que estava a sentir importava....
Era real, surreal e invadia-me a alma e o corpo.
Estava sentada.
E ainda bem... Não sei se conseguiria manter-me de pé depois de tão terrível sensação de fraqueza...
Todos me enxergaram... senti que cada poro da minha pele estava a ser observado ao pormenor... se é que isso é possível...
A minha respiração estava cada vez mais desajeitada e suspensa.
Apenas mantinha um sorriso de doçura ardente.
Em quem ou quê deveria fixar o meu olhar?
Optei por um olhar no vazio...
Esvaziando a cólera da tensão que estava a sentir... com tantos olhares que eram tudo menos discretos.
Mesmo assim superava a fase de aceitação... com a dignidade de um coração aberto à incerteza... e ao desconhecido.
Agradecia aquele momento de pavor inicial, que ultrapassei sem dificuldade... por envergar a camisola da calma, da serenidade e da paz...
E agradecia, porque de facto aconteceu...
Ao som da música apaixonei-me de verdade.
Ninguém reparou... Apenas eu no meu silêncio agudo enevoado de gritos descentralizados que vagueavam a minha alma.
Tudo começou assim e deu em nada.
Fico feliz por ter acontecido.
Sigo em frente buscando esta sensação revestida doutras cores e sabores.
Há que acreditar.
E eu acredito.

Todos os dias.

05 março 2007

The other side...


Afastei-a do rosto...
Já a tinha usado vezes demasiadas.
Estava gasta.
Escondia atrás dela os meus sentimentos mais puros...
Não queria ser transparente.
Preferia ser fria e cruel, para não causar nenhuma ligação mais próxima.
Já tinha sofrido muito por ter tirado a máscara cedo demais...
Insensível, dura...
Chamaram-me muitas vezes, mas essa era a máscara que me cobria as emoções mais fortes e já não a uso mais.
Se quero chorar, choro...
Se quero sorrir, sorrio...
Se quero aproximar-me, aproximo-me...
Se quero amar, amo...
Se quero tocar, toco...
Deixei-me de convenções e apoteoses gritantes.
Precisava que vissem como sou... EU...
Não mais vou querer aquela máscara.
Vai directa para o fundo do baú mais escuro e mais distante da minha memória...
Quero esquecer-me que a usei...
Que amei...
Que sofri...
Que me conheci como não sou.
Sábia do tempo... Escrevi na minha alma cada momento que respirei neste caótico limite.
Sem querer vacilar nas memórias... socorro-me de imagens que guardei e anexei a testemunhos de vida...
Acho que apenas soube amar o desconhecido por me fazer sonhar...
Não errei. Vivi...
O que resta desse amor, não sei...
Talvez inclua de novo alguma paixão e obedeça firmemente às palavras que não quis ouvir, aos desejos que não quis sentir...
Ao inferno do Amor... mesmo que delire e cause dor...
Não creio que me afaste de mim.
Não creio em mudança nesse campo...
A máscara já está longe da vista...
E inutilizar-se-á com o tempo...
Eu continuarei aqui cada vez mais radiante por ter direito à magia duma vida digna, coerente e sincera.

04 março 2007

03 março 2007

'E troco a minha vida por um dia de ilusão...'

SILÊNCIO E TANTA GENTE

"Às vezes é no meio do silêncio
Que descubro o amor em teu olhar
É uma pedra, é um grito
Que nasce em qualquer lugar

Às vezes é no meio de tanta gente
Que descubro afinal aquilo que sou
Sou um grito ou sou uma pedra
De um lugar onde não estou

Às vezes sou o tempo que tarda em passar
E aquilo em que ninguém quer acreditar
Às vezes sou também um sim alegre ou um triste não
E troco a minha vida por um dia de ilusão
E troco a minha vida por um dia de ilusão

Às vezes é no meio do silêncio
Que descubro as palavras por dizer
É uma pedra ou é um grito
De um amor por acontecer

Às vezes é no meio de tanta gente
Que descubro afinal p'ra onde vou
E esta pedra, e este grito
São a história daquilo que eu sou

Às vezes sou o tempo que tarda em passar
E aquilo em que ninguém quer acreditar
Às vezes sou também um sim alegre ou um triste não
E troco a minha vida por um dia de ilusão
E troco a minha vida por um dia de ilusão

Às vezes sou o tempo que tarda em passar
E aquilo em que ninguém quer acreditar
Às vezes sou também um sim alegre ou um triste não
E troco a minha vida por um dia de ilusão
E troco a minha vida por um dia de ilusão"

MARIA GUINOT - Eurovisão 1984

24 fevereiro 2007

Frases Soltas...

“Se os meus inimigos pararem de dizer mentiras a meu respeito, eu paro de dizer verdades sobre eles.”

Anita Labella

“Se não te puderes destacar pelo talento, vence pelo esforço.”

Dave Weinbaum

“Quem 60 ao teu lado e 70 por ti, vai certamente rezar 1/3 para arranjar ½ de te levar para ¼ e dizer: 20 comer...” =)

“A sua vida não é uma coincidência.
A sua vida é a consequência de você mesmo.”

“As pessoas vivem de dia.
As estrelas saem à noite.”

“Se o amor é cego, o negócio é apalpar.”

“O amor é como a relva. Você planta e ela cresce. Aí vem uma vaca e acaba com tudo!”

“Sabias que quando sonhas com a pessoa que gostas, essa pessoa dormiu a pensar em ti?
Quando te escapa o nome de uma pessoa, ela está a pensar em ti?
Quando olhas nos olhos quer-te mais do que pensas?
Quando olha muito não pode viver sem ti?
Se se despede apressadamente é porque não te quer deixar ir?”

Autores desconhecidos

23 fevereiro 2007

Escolhe um caminho... e vive a tua felicidade...


Vitória, Esperança, Glória e Felicidade eram quatro amigas íntimas.
A cada dia que passava partilhavam respectivamente vitórias, esperanças, glórias e momentos de felicidade....
Eram tão unidas que não viviam umas sem as outras e se alguma se sentia em baixo as outras tratavam logo de restabelecer-lhe o equilíbrio.
Um dia Vitória e Glória que eram as mais destemidas e extrovertidas do grupo tentaram a sua sorte mas esta saiu-lhes furada...
Boicotaram-lhe todo o seu trabalho, as suas ideias e também os seus sonhos...
Esperança e Felicidade ao saberem de tal infortúnio foram ter com elas com a rapidez de um cometa...
Elas eram mais calmas, passavam despercebidas, mas sabiam encontrar a maneira de proporcionar alegria, mesmo quando tudo desaparece...
Quando tudo foge das mãos...
E a sorte vira as costas...
Juntas plantaram felicidade e esperança e dia-após-dia viram crescer optimismo e segurança...
E tudo aconteceu com o devido tempo...
E... Sem cronometragem... sem contagem... e, sem querer...
Vitória encontrou Prazer...
Glória encontrou Paixão...
Felicidade encontrou Momento...
E Esperança encontrou o Amor...
Dizem que os opostos se atraem... e há sempre uma marca feminina sensível que aproxima estes dois pólos tão distantes...
Todos estavam de acordo que iriam ser felizes para sempre... pois...
Não há maior Prazer que a Vitória...
Não há Paixão sem Glória...
Não há Momento sem Felicidade...
E não há Amor sem Esperança...
Os laços de amizade entre todos aumentou...
Quando são fortes ultrapassam tudo...
Perdoam tudo... porque há sempre maneira de contornar as adversidades...
Virtudes, sentimentos, entraves serão sempre personificados em nós... que vivemos para aprender todos os dias mais um grão de areia na imensidão desse deserto que se chama Universo...

Que o mar devolva a paz a Esmoriz...


Hora

"Sinto que hoje novamente embarco
Para as grandes aventuras,
Passam no ar palavras obscuras
E o meu desejo canta --- por isso marco
Nos meus sentidos a imagem desta hora.

Sonoro e profundo
Aquele mundo
Que eu sonhara e perdera
Espera
O peso dos meus gestos.

E dormem mil gestos nos meus dedos.

Desligadas dos círculos funestos
Das mentiras alheias,
Finalmente solitárias,
As minhas mãos estão cheias
De expectativa e de segredos
Como os negros arvoredos
Que baloiçam na noite murmurando.

Ao longe por mim oiço chamando
A voz das coisas que eu sei amar.
E de novo caminho para o mar."

By Sophia de Mello Breyner Andresen

10 fevereiro 2007

Just for you: Connected Soul...


Podia criar um dicionário de palavras que te descrevessem...
Mas seria uma edição incompleta.
O amor da amizade é vasto demais para poder contabilizar apenas um conjunto de adjectivos....
Choro cada palavra que escrevo... não de tristeza... mas de SAUDADE...
Inspiro, expiro calmamente...
Soluço nas recordações que te fazem única...
Recordo as soluções que encontramos juntas...
Se há um ombro, um colo amigo... delicioso... é o teu.
Foi lá que enxuguei lágrimas, foi lá que encontrei conforto nos momentos menos bons....
Mas é na tua presença, no teu sorriso, no teu brilho tão genuíno que tenho a certeza que vamos passar bons momentos...
Podes partir hoje... amanhã...
Mas sei que estarás sempre comigo, assim como eu estarei sempre contigo no pensamento... no coração...
Parte...
Voa...
Alcança o teu mundo...
Os teus sonhos...
A tua vida...
Os teus amores...
As tuas paixões...
E que a felicidade te acompanhe... todos os dias...
Adoro-te...
Conta sempre com esta Amizade...
Vais deixar sempre Saudade...
Obrigada por existires no meu mundo...

Eu vou estar sempre aqui.

09 fevereiro 2007

You save my day... Thank'U

Ela misturava sentimentos ambíguos...
E perdia-se em pensamentos distorcidos...

Apanhei-me a viajar no teu olhar...
No teu sorriso...
Na doçura da tua voz...
Notei que ficaste desconcentrado e que sorriste enquanto fazias uma pausa para te recompores... e ordenares ideias...
Há dias mágicos... aquele foi um deles.
Depois de estar contigo lembro-me que tropecei numa dessas escadas e caí...
Levantei-me de imediato com a vergonha natural de alguém avistar o meu infortúnio...
Doía, sangrava da queda mas também eu estava com um sorriso nos lábios muito puro... muito meu...
Quem é que cai, se magoa e ainda sorri?
É o efeito pós dosagem qb (ou não) do medicamento ‘paixão’...
Ora, a ‘teoria’ está para a ‘prática’ assim como o ‘platónico’ está para ‘x’...
Esta regra de três simples dos sentimentos não dá para encontrar resultados com a mesma exactidão da matemática... É pena!

“A vida é feita de Caminhos
Caminhos que levam...
Caminhos que trazem sonhos, alegrias, tristezas, amores, esperanças...”

“Dá valor a cada momento que vivas e esse tesouro terá mais valor se o partilhares com alguém muito especial, especial o suficiente para lhe dedicares o teu tempo...
Lembra-te que o tempo não espera por ninguém...”

“O Ontem é um cheque usado.
O Amanhã é uma nota promissória.
O Hoje é o único dinheiro que tem.
Gaste-o com sabedoria....!!!” (by KayLyon)



Bem... hoje por mais que tente vou andar com aquele sorriso parvo!

03 fevereiro 2007

Enough

Olhei, estava vazio. Resolvi entrar.
A madeira que ornamentava aquele lugar dava-lhe um ar acolhedor.
Ao fundo uma lareira aquecia o frio que o inverno trouxe.
As luzes que ali habitavam eram foscas, ténues deixando transparecer a idade daquele lugar.
Alojei-me mesmo ao lado da lareira, precisava aquecer-me.
A lenha ardia em labaredas voluptuosas. Dali a nada teria que ser reposta para a chama não voltar a apagar.
O barman veio ao meu encontro registar o pedido. Pedi um chá de menta. Dizem que faz bem ao coração. Talvez ele também precisasse de calor...
Abri o saco e tirei o livro que tinha comprado e aquele era o ambiente ideal para deixar-me viajar pelo mundo, sem sair do sítio através de um livro.
Passaram-se três horas... o chá arrefecera, anoitecera e aquele espaço estava amontoado de gente...
A leitura tinha-a envolvido como um edredon à noite quando nos aconchega os sonhos que vêm e vão.
Penetrara fragmentos cruzados de histórias de vida. E assim matava o tempo ouvindo pelo o olhar muitas vozes carimbadas nas folhas dum livro.
Espantava a solidão mesmo rodeada de tantos desconhecidos.
Entre grunhidos, gargalhadas e a música ambiente apenas escutava as palavras de um livro.
Curiosamente era um nome masculino e falava comigo, mesmo que em monólogo.
Soa interessante a ideia de um estranho falar-te ao coração, inserir-te no seu mundo com a vantagem de ficar sempre disponível para ti e a teu lado!
Interiorizei todos aqueles pensamentos soltos...
E só não desatei a rir, porque parecia mal. Já bastava os esboços de sorrisos inevitáveis ao passo que avançava no livro.
Não queria que me interpretassem como louca, ou ridicularizassem a idiota.
Senti-me óptima. Como já não me sentia há imenso tempo.
Entretanto, aquela tarde de sábado terminara... e a noite já tinha caído sem querer...
Fui embora. Mais tarde a companhia seria a mesma... estava certa que ia passar tempo de qualidade. E sobretudo sentir-me bem.
Que mais podia pedir?

01 fevereiro 2007

E as nuvens vão embora?

E avanço, recuo.
Paro no tempo...
Arranco uma página do calendário e escrevo outra.
As intenções são boas.
Mas vem o vento, e a página voa... Desaparece.
Já não me sinto capaz de escrever uma única palavra.
Perdi os últimos pensamentos lúcidos que me restavam.
Nunca vou conseguir reescrever aquela página.
Eis que tento...
Eis que desisto, aquele dia ficou perdido no vento.
Podia oferecer uma boa soma para quem encontrasse aquelas palavras e mas restituísse...
Mas se ordenou o destino que elas se perdessem...
Deixá-las vaguear sem rumo é o melhor caminho...
Há palavras assim. Soltam-se sem cabimento e tomam a liberdade que lhes é tão natural.
Entre o silêncio e a palavra, entre a escuridão da noite e o dia, entre o vento que sopra e a neve que congela, entre as páginas que arranco e as que deixo ficar, entre o amor e a dor, entre o mundo que escolho e o vazio que encontro, entre a vida e a morte, entre o bem e o mal, entre a solidão e a companhia, entre tu e eu...
Escolho... escrever página a página e sem rascunho... o que a vida me reservou, porque tudo o que acontece tem que ser sempre bem-vindo e de braços abertos!

30 janeiro 2007

Já podes adormecer...

As minhas lágrimas são um pedaço de ti que se afasta de mim...
Arrastá-las pelo rosto...
É um desabafo mudo, imbuído de memórias curtas mas perfeitas...
A cada gota que escorre...
Esgoto-te em mim....
Frio, perdido, caído...
Acho-te todos os dias...
Mataste a tua alma com o desacerto do teu viver...
Arde a ferida que não sara...
Cura-se a alma sozinho...
Recupera-se o tempo perdido...
E intensifica-se a urgência do Adeus...

(À Ana Labella espero que seja isto que precises! As melhoras! Anima-te!)

23 janeiro 2007

Era exactamente ali...

Mais do que um abrigo era um refúgio…
Aquele recanto da casa era onde ela se reencontrava com o seu ‘eu’ mais imprevisível.
Muitos pontos de interrogação vagueavam no deserto do seu olhar.
Era uma completa cegueira do mundo em que vivia.
Também era preferível dessa maneira…
O mundo visto com olhos vivos era sujo e poluído demais para querer pertencer-lhe.
Era um recanto que a devolvia ao seu ‘eu’… sempre que tinha necessidade de crescer no seu íntimo e libertar-se da crueldade de um quotidiano previsível, mas convincente…
Em que mundo vives?
Ela preferia não responder…
Raras seriam as pessoas que a compreenderiam.
É esta incompreensão…
Que a envolve em distúrbios existenciais…
No fundo, há tanta coisa que não faz sentido.
Que o melhor é nem sequer tentar encontrar respostas.
Na verdade nem o dicionário tem essa pretensão…

My soul...

“Os corpos têm o abraço.
As almas o enlace!”

Porque a teoria não iguala a prática?
Dia após dia é complicado entender o domínio que se apodera de mim… num quadro fantasmagórico de pensamentos, incertezas, oscilações de humor, em que tudo parece tudo… nada parece tudo… pensar não ajuda e gerir-me é estranho…
Descubro que vai ser tudo diferente um dia… porque “a vida é feita de lutadores e não de espectadores.”

Memories...

Vida, obrigada por me escolheres!
Por decidires que sou portadora de uma voz interior que reparte tristezas, alegrias e foge para a solidão para sofrer calada e sozinha, distante de tudo para que ninguém ouça o choro desmedido das alegres memórias um dia criadas e eternizadas nas páginas do livro do coração.
“O verdadeiro amigo é aquele que segura a tua mão e toca o teu coração.”
Bastava isso. Era pouco.
É pena que o teu coração não ouça e nem sinta estas palavras….

“Embora ninguém possa voltar atrás e fazer um novo começo, qualquer um pode começar agora e fazer um novo fim.”

Se qualquer dia é dado como válido para um começo….
Desperte-se a vontade de tentar.

Volta e MEIA...

Há a meia de leite (que representa o dobro de um pingo ou como dizem lá pra baixo ‘garoto’)
Há a meia torrada (que está com a designação correcta)…
Tirando estas excepções (regulares),
MEIAS. SÓ NOS PÉS! E já têm lugar cativo.

Tenho dito.

22 janeiro 2007

Questões presentes

Era miúda quando ouvi, salvo erro, os irmãos Leandro e Leonardo cantar qualquer coisa como:




“(…) Eu não faço amor por fazer
Tem que ser muito mais que o prazer (…)”

Na altura achava palavras com sentido, mas não me apercebia que aquilo era muito mais que meras palavras amontoadas num ritmo melancólico, que classifica aquela canção como: ‘romântica’.
Será que a percepção de amar-te não pelo o que tu és mas pelo o que eu sou quando estou contigo te diz alguma coisa?
Nunca quis controlar o incontrolável.
Em breve o presente será passado, mas nunca futuro…
É por isso que não se pode deixar que o presente seja um passado sem futuro….

Entre avanços e recuos constatei que estava inerte de vida naquele presente…
Aí ocorreu-me uma frase de Stella Adler: “A vida bate e estraçalha a alma e a arte lembra-nos de que temos uma.”
Respondi-me.