05 junho 2008

Fantasma de TI


É na sombra entoada dum piano que te escrevo…
Palavras ou notas soltas…
Fragmentos de nós.
Caiei frases que sentia anteriormente…
Despertas-me lágrimas em sorrisos quando me leio em ti.
Transcendes o meu corpo com a tua alma desenfreada.
Acendes a minha fogueira sem sequer me tocar…
As pontas dos teus dedos coordenam e condenam o meu respirar.
Olho-te nas memórias que tenho de ti:
- Terrivelmente vivas.
O relógio tem contado horas que me envergonharia… confessar.
Forço-me a este lugar, entre a precisão do realismo e a carência da ilusão.
Tens-me avassalado os sentimentos que não mais julgara sentir…
Forço-me a este limbo, não para me sentir certa ou em equilíbrio, mas sim porque nem sempre consigo estar sozinha.
Depois de te penetrar o olhar, efusivo …
Forço-me a desviar-me da solidão, mas nela permaneço.
Sozinha estou, sempre que penso, sempre que o redijo… sempre que me sinto.
Real! Será real o que pressinto?
A surrealidade que te contemplo e designo é uma homenagem que te presto:
- Deus de mim.

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