18 junho 2008

Ready to fly...


Acordei com o calor do verão a trespassar a minha pele
O termómetro fazia jus àquela temperatura.
Os lençóis misturavam-se com o edredon a meus pés.
Para trás tinha ficado uma noite de sonhos de paixão.
Esboçava o sorriso terno com os olhos entreabertos.
Espreguiçava-me, esticava os músculos descansados e relaxados…
Precisava dum banho para esfriar o calor do tempo.
A espera de ti.
Faltava pouco para estar junto a ti, mas essa espera parecia vinda para durar.
No duche, a água acordava os restantes sinais vitais.
A água não estava quente, nem fria, mas para esta última se encaminhava.
Se pudesse paralisava o momento e fazia-o perdurar pela sensação de bem-estar.
Desligava-me do mundo, mas não me desprendia de ti.
Éramos um só mesmo na distância.
Era fatigante viver aguardando-te na surpresa de te voltar a encontrar.
Essa espera apesar de impaciente era mútua.
Valia, pois, passá-la e ultrapassá-la…
No reencontro.
Imaginar-te a pensar em mim é presunção minha.
Ou se calhar nem tanto… Porque gosto de ti.
Perdoas-me?
A água continuava a escorregar sobre o meu corpo, parecia beijar-me a pele.
Serias tu?
Presumi que sim. Estás vivo em tudo que toco, em tudo o que me toca os sentidos.
Enrolei-me na toalha com a mesma suavidade do teu abraço.
Estava pronta para viver mais um dia.
Assumidamente confiante pelo o que me trouxesse.

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