27 junho 2008

Inversão...


Ainda sinto o calor do toque da tua mão na minha.
Parece que não a querias largar.
Deixa lá. Eu também não queria largar a tua...
Estavas irremediavelmente distraído.
Não fazias nada que jeito tivesse.
Eu estava ali a observar-te divertida, esboçando um sorriso malicioso.
Folheava o livro que tentava ler, ou melhor, que tentava assimilar, 15 páginas num par de horas…
Que inconsequente diversão pra passar o tempo.
Divertes-me, sabes?
Tanta gargalhada minha ouvi, dedicada a ti…
Não me admira que saibas de cor cada momento que apelido de ‘presente’.
Porque decoras a expressividade dos meus movimentos, das minhas palavras, do meu sentir?
Tens poder sobre mim.
Tens-me.
Perde o norte, como quem diz: desequilibra-te…
Gosto de te ver destrambelhado… desequilibrado…
Sê o que és quando estás comigo:
Único.

1 comentário:

Misantrofiado disse...

A imagem ficou excelente.

Escrevendo assim, como tu o fazes, como queres que seja dificl decorar-te toda e qualquer expressividade de ti?

Vou votar(te) :)

Plural, mas unico (sim).