24 julho 2006

Os aplausos da vida...


Amo-te sabias?
Disse ele depois de saber da boa nova. Foi tão espontâneo que fiquei sem saber o que dizer.
Fiquei feliz. Aquelas palavras atingiram o meu coração com uma velocidade vertiginosa e descompassadamente fora do normal.
Numa fracção de segundos tinha acontecido.
As palavras mais generosas saem sempre da boca da pessoa mais inesperada e menos lúcida.
Foi o impacto do momento, que o fez dizer aquela palavra que me acelerou por completo. Faltava muito tempo para o encontro, mas a cada dia que passava era um dia a menos.
Todas as promessas que tinham sido efectuadas, agora estavam a um passo de se tornar realidade.
Além da euforia do momento tiveste tempo para perguntar como eu estava.
Sem pensar tomei as palavras de alguém que dizia “se for melhor, estraga”. E assim prontamente respondi-te que estava como nunca tinha estado antes... Frases e ‘deixas’ em cliché... que nos acompanham quando o calor do coração é demasiadamente estonteante, deixando as palavras soltas e impedindo-nos de pensar. Pensar com o coração é bom, mas chamá-lo à razão é impossível.
Sem hesitar, passei a contar os êxitos dos últimos dias. Os aplausos só são muitos para quem os merece. E dessa vez todo o público se levantou e aplaudiu de pé. Foi bom demais.
Já não era apenas o sol que brilhava todo o dia. Era o brilho dos meus olhos que me dizia que AGORA era mesmo o momento de ser FELIZ.
Estava imparável. A vida corria-me bem.

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