21 agosto 2006

Sentidos...

Quebrara-se o silêncio.
Sem querer…
Tinha morrido uma parte de mim.
Dava conta que as percepções que tinha, ou estavam erradas ou correctas demais…
Intuía com perspicácia todos os sinais que me eram entregues…
Nos sonhos, milhares de momentos se misturavam sem qualquer coerência… Mas estava tudo o que sentia e/ou afligia lá.
Os versos das músicas teimavam em trazer-me recordações e alertavam-me para situações que podiam estar a nascer… ou eventualmente podiam acontecer…
O tempo dos verbos… já não sei se era perfeito, imperfeito ou mais que perfeito…
Aquilo que me vinha parar às mãos era uma dádiva divina…
Mas eu já não dava conta dos recados...
Provavelmente também não queria dar...
O apelo dos sinais cruza as barreiras mais impenetráveis…
Acorda os sentidos… que adormecem embalados nas ondas dos teus cabelos… nos teus murmúrios… longe de tudo o que é real…
Que confusão sem tréguas… trazem…
Mas são apenas sentidos, que são sentidos…
Alguns sem sentido… outros sentindo-se, seguem o sentido obrigatório, provocatório, ilusório… quiçá proibido...
Todos eles sentidos que são sentidos quando há sentimentos…


(Sim faz sentido a redundância… acabei de me dar conta que a palavra ‘sentidos’ tem muitos sentidos! Ena ena... hehehe)

Sem comentários: