17 setembro 2006

Privilégios da Vida

É um privilégio escutar a tua voz sumida do outro lado da linha.
Também era a única alternativa de ligação entre tu e eu.
A minha vontade de ser feliz é enorme.
E às vezes é mesmo isso que falta: vontade.
Havendo vontade... tudo acontece...
Mas há uma espera constante, que nos bloqueia os sentidos e nos impede de agir...
De reagir...
Nesta vida tudo se espera...
E por isso mesmo essa espera dura, amarga, pode reverter-se...
Tudo depende da maneira como a encaramos...
Espero o dia em que irei conhecer-te.
Pois acredito que já existes...
Agora é momento de aproveitar o dia...
E o que acontece.
É mais difícil sem ti.
Mas também ainda não te conheço...
Pelo menos... não desse jeito...
Acredito que a minha intuição é poderosa.
Acredito na intenção de me fazeres esperar...
No fundo, subjugar-me a essa espera...
Tem mais valor.
É por isso que vivemos.
E falamos em AMOR.
Talvez esteja em desuso.
Podia esclarecer-te melhor sobre a questão...
Mas prefiro que o destino se encarregue de gerir o futuro...
Sem qualquer compromisso...
Tal como nos produtos das demonstrações...

13 setembro 2006

Luz intensa...

É esta a última imagem que guardo no dia...
O recorte da Lua...
As tonalidades dum céu que se apaga de cor...
A magia dum dia que já está a abeirar-se do fim...
Vai-se a luz e recobre-se o céu duma escuridão pura...
Ela espera que o sossego e o descanso me alcancem...
E eu também...

06 setembro 2006

Há sempre uma luz...


Vou-me habituando à brisa que não corre…
Ao tempo que escorre…
Ao renascimento…
Volta tudo à estaca zero mas de um jeito diferente.
Descobri que o canto das palavras, já havia nascido comigo.
Era um finalmente…
Era dar voz ao tempo que passou silenciado.
Era um grito de liberdade, que ecoava não apenas na minha imaginação, como em cada poro que preenchia a minha pele.
Era assim que orquestrava a minha vida…
Vivendo intensamente…
Vivendo de momentos…
Sem qualquer compasso de espera…
Se o fim fosse hoje…
Seria como nos contos de fadas…
Um final feliz.

31 agosto 2006

Postal de vida...

Fechei a porta cuidadamente.
Avistava os degraus das escadas com um cansaço que me dizia: muda de cenário.
Subia degrau a degrau com as últimas forças que tinha.
O chão. Um tapete. O sofá. A cama.
Qualquer coisa me parecia uma boa opção para me perder no descanso…
Me render ao inconsciente e apagar o esforço da vontade de viver que não acabava aqui…
Amanhã tudo recomeçava…
Com novas cores, novos contornos…
Vivia o hoje… incansável.
O amanhã recebia-me de braços abertos.
E era o encontro diário com esse abraço que me chamava para a vida.
Chamava-lhe atitude.
Mas era mais do que isso. Era para já a minha forma de viver…
E agradava-me.

28 agosto 2006

Thank you all!
















Levo o peito aberto e a consciência tranquila na hora das despedidas...
É óptimo ser feliz deste jeito...
Do meu jeito.

24 agosto 2006

"this clock never seemed so alive..."


















"what day is it
and in what month
this clock never seemed so alive
I can't keep up
and I can't back down
I've been losing so much time


cause it's you and me and all of the people
with nothing to do
nothing to lose
and it's you and me and all of the people
and I don't know why
I can't keep my eyes off of you

all of the things that I want to say
just aren't coming out right
I'm tripping inwards
you got my head spinning
I don't know where to go from here

cause it's you and me and all of the people
with nothing to do
nothing to prove
and it's you and me and all of the people
and I don't know why
I can't keep my eyes off of you

there's something about you now
I can't quite figure out
everything she does is beautiful
everything she does is right

you and me and all of the people
with nothing to do
nothing to lose
and it's you and me and all of the people
and I don't know why
I can't keep my eyes off of you

you and me and all of the people
with nothing to do
nothing to prove
and it's you and me and all of the people
and I don't know why
I can't keep my eyes off of you

what day is it
and in what month
this clock never seemed so alive"



You and me by Lifehouse
As palavras dão-lhe brilho... mas a música... Dá-lhe toda a vida... uma conjugação encantadora! Ouçam-na...

Tempo...

Passei a noite a ler-te e descobri que ainda te amo.
Repara… Amigo e Amor começam com as mesmas duas letras.
Essa aproximação deve ter algum sentido. Quando falo de nós. Parece-me…
Não era difícil alguém apaixonar-se por ti.
Eras transparente (pelo menos para mim).
Atraente.
Carente.
Justo.
Protector.
Amigo.
Amante.
Sincero.
Inseguro.
Compreensivo.
Teimoso.
Emotivo.
Único.
O teu jeito de ser cativava qualquer pessoa.
Lançavas-te à vida com uma fúria que eu admirava. Não eras agressivo para com ela… Essa tua calma, acalmava-me. E mostrava-me como as hipóteses de ser feliz se traduziam em estar do teu lado, contrariando a atmosfera negativa que me esperava sempre que não te tinha por perto.
“As pessoas esquecerão o que disseste, esquecerão o que fizeste, mas nunca esquecerão o que as fizeste sentir.”
Lembro-me que senti tudo. E continuo a sentir.
Infelizmente acho que te ensinei tudo o que um coração pode amar.
A minha vida deu imensas voltas desde que voluntariamente te ausentaste dela.
Tenho-a encarado com um sorriso… E tem ficado bem mais fácil.
Queria chegar a ti e contar-te tudo o que me aconteceu. Mas nesse mesmo momento acordo. E sei que não é certo. “Se a amizade não é partilhar todos os delírios, então é o quê, perguntamos nós!” escreveu Marc Levy, mas não era apenas a questão da amizade.
É pena a consciência bater certo, quando o inconsciente quer fazer o contrário. É uma luta desigual.
Tenho a sensação que as horas passariam como antigamente… e as conversas não se anulavam. Os únicos artifícios que eram capazes de nos interromper eram os silêncios suspeitos, as gargalhadas, os olhares… a cumplicidade de nos entendermos na perfeição. Adorava escutar-te. E, havia tantas palavras pendentes… mortas por se soltarem…
Camilo Castelo Branco escreveu que: “Não há amor que resista a 24 horas de filosofia.” Eu garanto que é possível. Pude comprová-lo sucessivamente.
Acho que percebo melhor o significado da palavra SAUDADE.
A ausência de alguém que já esteve bem perto…
Falaram-me do tempo, tal como o incluímos quando as conversas se esgotam…
Que deixasse o tempo fazer alguma coisa…
Só que não há receita. Talvez só mesmo o tempo para acalmar… e decidir por mim.

23 agosto 2006

Vidas

As pessoas não mudam… aprendem.
Essa foi a ideia com que fiquei desde que me atordoavam a cabeça a dizer que estava diferente.
“If there's anything more important than my ego around, I want it caught and shot now." (By Douglas Adams', The Hitchhikers Guide To The Galaxy)
Podia ser a vossa ideia mas não era de certeza a minha.
Sentia-me bem e isso era o mais importante para mim.
É verdade que queria escrever capítulos novos, nem que fosse à base de rascunhos…
É para isso que eles servem…
Se valer a pena usam-se… se não fizerem sentido… Se se perderem do contexto rasgam-se e deitam-se fora ou vão directamente para o arquivo morto.
É justo.
Falo da vida como podia falar de páginas escritas, reescritas, anotadas… em branco.
A essência da vida está na substância que nela se empreende…
Quando se fecha uma porta, abre-se uma janela. (Dizem.) Eu sinceramente acho que se pode abrir outra porta ainda mais ampla. Para quê tomar a parte pelo todo?
As compensações podem vir repartidas ou inesperadamente, mas acontecem.
A minha avó dizia ‘vai um vem outro’ e honestamente acho que essa ideia se aplica a tudo um pouco. Parem lá p’ra pensar e digam lá se não concordam comigo?!
É tipo aquela ‘piada’ dos provérbios que uma amiga me ensinou do ‘entre as pernas’ e ‘debaixo dos lençóis…’ Agora apliquem lá aos provérbios, estou a lembrar-me de: “Quem nasce torto tarde ou nunca se endireita.” Cá vai agora com as alterações: Quem (entre as pernas) nasce torto, tarde ou nunca se endireita (debaixo dos lençóis). (suspeito…)
Mais outro exemplo… “Quem feio ama, bonito lhe parece.” Que ficaria qualquer coisa como: Quem feio ama (entre as pernas), bonito lhe parece (debaixo dos lençóis). (Muito suspeito eheheh)
Mais um?... “Grão a grão, enche a galinha o papo”. Ou seja, Grão a grão (entre as pernas), enche a galinha o papo (debaixo dos lençóis). ('Ganda mauca!!! Às vezes corre um bocadinho mal… mas habitualmente… não costuma falhar.)
É o último: “Quem semeia ventos, colhe tempestades.” Exacto. Isso mesmo... ficaria: Quem semeia ventos (entre as pernas), colhe tempestades (debaixo dos lençóis). (Não resisto… isto do mau tempo fez-me lembrar aquele provérbio: “Depois da tempestade vem a bonança.” Cá vai disto: Depois da tempestade (entre as pernas) vem a bonança (debaixo dos lençóis). Não é cientificamente… mas fica provado!
E por aí fora… A sabedoria popular ao mais alto nível!
Vida...
Viver...
“O jogo da vida é semelhante ao futebol. É preciso atacar os problemas, bloquear os medos e marcar quando surge a oportunidade”. (É sempre tudo uma questão de oportunidade…) Ou “You’re never to old to believe.” (A esperança é sempre a última a morrer! Esta quase dava para a piada dos provérbios ali em cima! Eheheh) Ou
“A vida não se conta pela quantidade de respiros, mas por aqueles momentos em que nos deixam sem respiração.” (Incrivelmente extasiante) e uma daquelas sinceras: “A vida é feita de lutadores e não de espectadores.” Clarifica que na vida tudo se aprende quer no palco, quer na plateia. Todos os papéis são importantes no teatro da vida…
Actores secundários, meros figurantes ou personagens principais, vamos encarnando todos os dias a pele de cada um deles.
No fundo todos nós somos movidos por metamorfoses de papéis.
Por isso quando me dizem: “Às vezes transformas-te e isso é óptimo.” Eu também acho. Faz parte da adaptação ao meio do momento.
Estranhas formas de vida causam estranhas surpresas.
E ‘estranho’ pode ser bom. Ou quem sabe… muito mau.

22 agosto 2006

Simplicidade...

Era só o que me apetecia.
Virar as costas a tudo.
Excluir todos os sentimentos.
Abandonar os dias cinzentos.
Absorver os raios de sol.
Dia após dia.
A maior parte das mudanças já tinham acontecido.
A revolução era nítida.
Sempre adorei revoluções…
Encontro sempre soluções…
Aparentemente… o caos instala-se…
Insensatamente reúno fragmentos que estavam desejosos por me preencher.
Vazios que se ocupam sem eu perceber…
É só dar meia volta e as costas viram-se.
Afinal era tão simples…
Porque demorei tanto tempo a dar o salto?
Porque me entreguei à indecisão?
Fiquei atónita com a minha tranquilidade.
Afinal tanto tempo passou…
E podia ter-me rendido antes…
Virei costas, mas trouxe a bandeira branca…
Enquanto símbolo de vitória…
A minha vitória pessoal…

21 agosto 2006

Sentidos...

Quebrara-se o silêncio.
Sem querer…
Tinha morrido uma parte de mim.
Dava conta que as percepções que tinha, ou estavam erradas ou correctas demais…
Intuía com perspicácia todos os sinais que me eram entregues…
Nos sonhos, milhares de momentos se misturavam sem qualquer coerência… Mas estava tudo o que sentia e/ou afligia lá.
Os versos das músicas teimavam em trazer-me recordações e alertavam-me para situações que podiam estar a nascer… ou eventualmente podiam acontecer…
O tempo dos verbos… já não sei se era perfeito, imperfeito ou mais que perfeito…
Aquilo que me vinha parar às mãos era uma dádiva divina…
Mas eu já não dava conta dos recados...
Provavelmente também não queria dar...
O apelo dos sinais cruza as barreiras mais impenetráveis…
Acorda os sentidos… que adormecem embalados nas ondas dos teus cabelos… nos teus murmúrios… longe de tudo o que é real…
Que confusão sem tréguas… trazem…
Mas são apenas sentidos, que são sentidos…
Alguns sem sentido… outros sentindo-se, seguem o sentido obrigatório, provocatório, ilusório… quiçá proibido...
Todos eles sentidos que são sentidos quando há sentimentos…


(Sim faz sentido a redundância… acabei de me dar conta que a palavra ‘sentidos’ tem muitos sentidos! Ena ena... hehehe)

18 agosto 2006

Agradáveis Surpresas...

“Às vezes a felicidade esquece-se de nós… mas nós não nos podemos esconder dela…”
Esta sombra poderá custar-nos o sorriso.
E ninguém tem o direito de o fazer… nem mesmo quando essa hipótese soa a remota.
Quantas páginas tive que escrever até entender que um ponto final era o sinal mais adequado a usar…?
As suficientes para aprender que as palavras calam o silêncio das vozes incapazes de se libertar.
Calei-te com o meu silêncio.
Foi a maneira mais honesta de te mostrar que as tuas palavras não existiam no meu mundo, porque também tu nunca fizeste parte dele.
Avistava o desconhecido da maneira mais segura, mais egoísta, mais intolerante, mais intransigente e mais persistente que conhecia.
Cultivava a força do desejo de viver… Porque insistentemente vivia asfixiada na sombra dum futuro aprisionado…
E tudo o que queria era a rebeldia da minha juventude assegurada… sempre pronta a surpreender… sempre pronta a surpreender-me.

Disse Adeus...

10 agosto 2006

Alma de pássaro...

Noutra vida fui pássaro de certeza.
O prazer pela viagem...
O desejo da partida...
As asas que quero ter para respirar a liberdade...
A voz que alegra os dias de tanta gente...
As penas que me resguardam da saudade...
Voar e pousar onde as forças negam resistência...
Avistar e observar do alto, de longe tudo o que não esqueci...
Penetrar nos esconderijos onde apenas tu me encontras, porque vives em mim...
Aventurar-me nas trapaças do tempo que esfria... que aquece...
Em suaves tempestades que por fim se desviam... e tomam outros rumos...
Podia voar atrás...
Podia permanecer...
Podia juntar-me ao bando...
Mas se posso escolher...
Aqui ou ali... vou simplesmente estando...
Até quando?
Até ter explorado a mina...
Encontrado o tesouro...
E poder partir... rumo a novos...
O maior tesouro é viver irredutivelmente...
O maior segredo é acompanhar sempre o tesouro...
Vai um vem outro...
Tenho alma de pássaro indomável...
E hei-de voar até chegar a ti.
Se pudesse escolher, eu... escolhia ser um beija-flor...
Ser pequenino não esconde a grandeza do coração...
E daquele sentimento a que chamam amor.

08 agosto 2006

Não sei


Quando não se tem nada... Venha o tudo...
Quando se tem tudo vale a pena começar do nada?

Tou com a cabeça à roda...

Mar... preciso da tua sapiência e de toda a tua experiência para me aconselhares. Podemos conversar?

07 agosto 2006

Respostas...

Ele afirmou “Ama como no início da estrada.”
Mas o que eu queria eram respostas...
O amor vai guiar-me em que direcção?
Mais pela auto-estrada?
Por estradas com fraca visibilidade e entre curva e contracurva?
Ou o veículo (coração) vai ser demasiado fraco para resistir à viagem?
Se as emoções nos guiam... estamos à beira do abismo...
Vale a pena a marcha atrás?
Ou devo partir para a aventura do desconhecido dum abismo?
Morrerei de amor?
Ou os enamorados estão protegidos dos acidentes?
Travar os sentimentos ou deixar o coração em perigo...?
Pensamento ambíguo.
Qual o escape para o fumo extasiante da paixão...????

05 agosto 2006

Passamos a vida...

Passamos a vida sem sabermos quais as cores do amanhã.
Estamos conscientes que temos o poder e a clarividência para ver o amanhã...
Pura mentira.
Quem tentamos enganar? Nós próprios.
Passamos a vida a amar.
Passamos a vida a esquecer.
Passamos a vida a chorar.
Passamos a vida a conhecer.
Passamos a vida a sorrir.
Passamos a vida a chamar pelo amanhã.
Passamos a vida a sofrer.
Passamos a vida a experienciar sensações incomuns.
Passamos a vida a apaixonar-nos.
Passamos a vida a desejar.
Passamos a vida a ultrapassar-nos.
Passamos a vida a lutar.
Passamos a vida a vencer os nossos medos.
Passamos a vida a tentar.
Passamos a vida a sermos passageiros da alma.
Tudo passa na vida…
Passamos por ela… quase que distraídos...
Por isso é necessário construir pontes e agarrar a estrada.
Quanto às paragens a fazer no caminho…
Acredito que estão devidamente assinaladas.

03 agosto 2006

Canta pra mim...

Era o vento que me batia no rosto que me despertava para a vida.
Eram as cores do dia que me alegravam o vazio dos dias.
Eras tu que vinhas no som do chilrear dos pássaros, tal como um pombo correio e cantavas todo o dia para me ocupares o silêncio da solidão...
Uma melodia indescritível... Irresistível... Que me aproximava de ti.

Perdia-me dos sentidos para sentir-te perto...
Apurava apenas os ouvidos porque era a única maneira de ter-te naquele momento...
Escutava-te deliciada...
Estava encantada por fazeres parte da música da minha vida.
Rui Veloso canta a sua "Paixão" e diz:
"Contigo aprendi uma grande lição,
Não se ama alguém que não ouve a mesma canção."
Mas mesmo quando isso acontece... as notas ficam soltas demais para serem seguidas...
Talvez se deva ao instrumento, que não as executa na perfeição...
Ou talvez o maestro tenha perdido a orientação...
A lição estou certa que ficou estudada.
É por isso que prefiro o canto dos pássaros...
Não correm o risco de falhar com as palavras...

01 agosto 2006

E quando...


E quando as palavras se esgotarem?
E quando os sentimentos se perderem?
E quando os olhares não se prenderem?

E quando um beijo nada significar?
E quando o desejo se afastar?
E quando a imaginação acabar?

E quando eu e tu perdermos o sentido?
E quando abandonarmos as nossas almas?
E quando deixarmos de ser um só?

Viveremos em paz?

28 julho 2006

I wanna go home

Foto tirada na Ribeira das Quelhas a 13 Julho 2006

Another summer day
Has come and gone away
In Paris and Rome
But I wanna go home
Mmmmmmmm

Maybe surrounded by
A million people I
Still feel alone
I just wanna go home
Oh I miss you, you know

And I’ve been keeping all the letters that I wrote to you
Each one a line or two
“I’m fine baby, how are you?”
Well I would send them but I know that it’s just not enough
My words were cold and flat
And you deserve more than that

Another aeroplane
Another sunny place
I’m lucky I know
But I wanna go home
Mmmm, I’ve got to go home

Let me go home
I’m just too far from where you are
I wanna come home

And I feel just like I’m living someone else’s life
It’s like I just stepped outside
When everything was going right
And I know just why you could not
Come along with me
That this is not your dream
But you always believed in me

Another winter day has come
And gone away
In even Paris and Rome
And I wanna go home
Let me go home

And I’m surrounded by
A million people I
Still feel alone
Oh, let me go home
Oh, I miss you, you know

Let me go home
I’ve had my run
Baby, I’m done
I gotta go home
Let me go home
It will all be all right
I’ll be home tonight
I’m coming back home

"Home" Michael Buble

"Como vai você...?!"

A tua natureza era estranha.
Descobri-te por acaso.
Falavas dos outros e escondias-te de ti. Mas lia no teu olhar a fragilidade do teu ser.
Só querias estar sozinho. Eram esses os teus momentos de eleição, de reflexão... quem sabe de paixão...
A paixão de te redescobrires nos teus espaços sem te privares do tempo.
Tempo era o que mais desejavas e querias, mas envolvias-te com o mar e a lua, como se já não lhes pertencesses...
Eras céptico em relação ao desconhecido, mas estavas todos os dias mais desesperado pela vida que teimava em pregar-te partidas. Estavas abatido. A tua orientação começou a ficar pouco coerente, perdendo-se...
Qual o rumo a tomar?
Lembravas-me as palavras de uma música dos Xutos e Pontapés:

“A vida vai torta
jamais se endireita
o azar persegue
e esconde-se à espreita.”

Desapareceste. Nunca mais te vi. Qual foi o teu destino? Desconheci.
Onde andarás?
Que rumo seguiste?
Espero que não tenhas fugido das rédeas do teu aconchegante coração.

Presente

Privei-me das palavras de amor do mesmo modo que dos sonhos em que te incluía inconscientemente.
Conhecia-te como ninguém, conhecia-me como ninguém.
Fiquei parada observando tudo o que me rodeava.... Tudo indiciava a despedida...
Parecia que iriam ser as últimas vezes que ali pernoitava, que ali habitava.
As minhas emoções estavam ao rubro... Tinha o desejo de partir, mas já estava aprisionada àquele sítio.
Criei raízes, criei laços, criei-me e cresci, amadureci....
É este o engrandecimento da vida...
Fazer de nós um intruso desejado...
Estava eufórica, prevaricava na alegria.
Fazia-me bem aquele estado de espírito.
Enchia-me de coragem para agarrar o amanhã com tudo a que tinha direito.
Sim. Porque quando quero uma coisa, quero-a na sua plenitude. Quero-a completamente...
Os fragmentos ficam para aqueles que não sabem o que querem e se contentam com partes que nunca vão representar um todo.
Sei o que quero. E é essa determinação que não me torna superior a ninguém, mas capaz de vencer.
Um espírito livre... intenso... profundo... na sensatez duma alma que sabe perdoar...
O mundo que me rodeia a cada dia que passa é mais belo...
Os responsáveis? Os meus olhos... que decidiram colorir a escuridão dos dias cinzentos, afastando as nuvens e principalmente as chuvas torrenciais para outros rumos, que não os meus...

27 julho 2006

Esperança...

A esperança bateu à porta. Tinha nome de mulher. Sinais do tempo. Sinais de que o tempo passou aqui.
Sem tempo, sem espaço encontrei-me ali. Defronte ela. Era sempre um desafio estar diante da Esperança...
Ela disse que era minha fiel amiga. Disse que me guiava quando a orientação fosse reduzida.
Acreditei seguramente que ela ia estar sempre a meu lado. E de facto é ela que me acompanha na solidão dos silêncios da vida...
Criámos laços que dificilmente iremos quebrar.
Encontramos sinergias que nos guiarão longe...
No mundo dos sonhos é ela, a esperança... que corre até nós pintando um arco-íris depois das gotas de água terem caído...

Foto tirada a 13 de Julho 2006

26 julho 2006

Há sorrisos assim...

“Creio que foi o sorriso, o sorriso foi quem abriu a porta. Era um sorriso com muita luz lá dentro, apetecia entrar nele, tirar a roupa, ficar nu dentro daquele sorriso. Correr, navegar, morrer naquele sorriso.”

Eugénio de Andrade

Cruzamento de ideias!

“Devemos aprender a pensar contra as nossas dúvidas e as nossas certezas... Devemos aceitar o indemonstrável, a ideia de que alguma coisa existe... O nada era, sem dúvida, mais cómodo.” (E. M. Cioran) resolvi pensar assim: “Ei dor eu não te escuto mais. Você não me leva a nada!” porque “Os que temem a vida já estão mortos” (Bertrand Russell) e “A nossa muito humana sensação de segurança não passa de um consolo para o facto de a morte ser o que há de mais próximo à vida.” (Stig Dagerman) Mesmo assim: “O deserto não tem parado de crescer.” (Eugénio de Andrade) porque “O único sentido íntimo das cousas é elas não terem sentido íntimo nenhum” (Fernando Pessoa/Alberto Caeiro) mas “Um homem não pode fazer certo numa área da vida, enquanto está ocupado em fazer errado em outra. A vida é um todo indivisível.” (Mahatma Gandhi) Vais-te magoar, mas segue em frente. “Ainda que o sol se apague... E a vida se acabe... Creio na esperança.” E “Porquê programar? O acaso é a pitada de sal da vida!”. Como dizia o meu professor “Se é problema tem solução. Se não é problema... fica mais complicado...” No entanto: “Os poderosos podem matar uma, duas ou mais rosas, mas jamais poderão deter a primavera.” (Che Guevara), pois “Cada indivíduo tem um lugar no mundo para preencher e é importante que decida fazê-lo ou não.” (Nathaniel Hawthorne) Por isso se por um lado: “Pela rua do ‘já vou’ chega-se à casa do nunca.” (Miguel Cervantes), por outro: “Necessitamos sempre de ambicionar alguma coisa que, alcançada, não nos torna sem ambição.” (Carlos Drummond de Andrade). Até porque: “A vida é uma doença crónica, sexualmente transmissível, de prognóstico inevitavelmente fatal...” (Karu) mas “A bondade é como uma flor: fica bem em qualquer lugar...” E finalmente, “Para quem sabe esperar, tudo vem a tempo.” (Clément Marot)

24 julho 2006

Um Retrato...

















Mariana e Pedro sorriam com a alegria dos seus 2 e 4 anos respectivamente. Faziam as traquinices próprias da idade e corriam livres e soltos como as borboletas do jardim.
Ela estava sozinha sentada num canto. Aguardava que a atendessem.
Esboçou um sorriso e Mariana correu até ela. Parecia que se conheciam desde sempre, mas era a alegria daquela criança, tão pura quanto a idade, que a despertou daquela tristeza, solidão e a ajudou a encontrar-se.
Pedro dizia todos os disparates que lhe vinham à cabeça. Ela sorria e ouvia-o divertida.
Eram aqueles pequenos momentos que lhe mostravam o lado bom da vida.
A inconstância da sua vida tornara-a mais flexível. Ela já não protestava contra a sorte, essa ficou desde logo garantida nos sorrisos de Pedro e Mariana.
Permaneceram ali os três sentados.
Aquele retrato era perfeito demais.
Fazia inveja a qualquer profissional da fotografia.

TU ESCOLHES!


“Sentes. Intuis. Sabes.
A necessidade de mudar afirma-se dentro de ti.
Talvez a dúvida e o medo te detenham.
Mas podes mudar o teu rumo.
O rumo é uma mera orientação.
Não é um caminho único, nem fixo; não é para sempre.
Perante uma encruzilhada a tua escolha pode ser outra.”
Do I Ching

Humanidade e Universo


Eu sei que o meu desespero não interessa ninguém.
Cada um tem o seu, pessoal e intransmissível:
com ele se entretém
e se julga intangível.

Eu sei que a Humanidade é mais gente do que eu,
sei que o mundo é maior do que o bairro onde habito,
que o respirar de um só, mesmo que seja o meu,
não pesa num total que tende para o infinito.

Eu sei que as dimensões impiedosas da Vida
ignoram todo o homem, dissolvem-no, e, contudo,
nesta insignificância, gratuita e desvalida,
Universo sou eu, com nebulosas e tudo.

António Gedeão

Os aplausos da vida...


Amo-te sabias?
Disse ele depois de saber da boa nova. Foi tão espontâneo que fiquei sem saber o que dizer.
Fiquei feliz. Aquelas palavras atingiram o meu coração com uma velocidade vertiginosa e descompassadamente fora do normal.
Numa fracção de segundos tinha acontecido.
As palavras mais generosas saem sempre da boca da pessoa mais inesperada e menos lúcida.
Foi o impacto do momento, que o fez dizer aquela palavra que me acelerou por completo. Faltava muito tempo para o encontro, mas a cada dia que passava era um dia a menos.
Todas as promessas que tinham sido efectuadas, agora estavam a um passo de se tornar realidade.
Além da euforia do momento tiveste tempo para perguntar como eu estava.
Sem pensar tomei as palavras de alguém que dizia “se for melhor, estraga”. E assim prontamente respondi-te que estava como nunca tinha estado antes... Frases e ‘deixas’ em cliché... que nos acompanham quando o calor do coração é demasiadamente estonteante, deixando as palavras soltas e impedindo-nos de pensar. Pensar com o coração é bom, mas chamá-lo à razão é impossível.
Sem hesitar, passei a contar os êxitos dos últimos dias. Os aplausos só são muitos para quem os merece. E dessa vez todo o público se levantou e aplaudiu de pé. Foi bom demais.
Já não era apenas o sol que brilhava todo o dia. Era o brilho dos meus olhos que me dizia que AGORA era mesmo o momento de ser FELIZ.
Estava imparável. A vida corria-me bem.

21 julho 2006

É ele... o único... Fernando Pessoa


Não sei quantas almas tenho.
Cada momento mudei.
Continuamente me estranho.
Nunca me vi nem acabei.
De tanto ser, só tenho alma.
Quem tem alma não tem calma.
Quem vê é só o que vê,
Quem sente não é quem é,

Atento ao que sou e vejo,
Torno-me eles e não eu.
Cada meu sonho ou desejo
É do que nasce e não meu.
Sou minha própria paisagem;
Assisto à minha passagem,
Diverso, móbil e só,
Não sei sentir-me onde estou.

Por isso, alheio, vou lendo
Como páginas, meu ser.
O que sogue não prevendo,
O que passou a esquecer.
Noto à margem do que li
O que julguei que senti.
Releio e digo: "Fui eu?"
Deus sabe, porque o escreveu.

"Na 1ª Pessoa"

"Tenho saudades. De muita coisa. De muita gente. De ti.
Das conversas sérias, das conversas tolas, das conversas silenciosas, das conversas animadas, das conversas exaltadas, das conversas por olhares, das conversas.
Dos risos partilhados, dos risos abafados, dos risos hilariantes, dos risos envergonhados, dos risos descobertos, dos risos parvos, dos risos.
Dos carinhos sem pedir, dos carinhos exigidos, dos carinhos inesperados, dos carinhos amigos, dos carinhos por obrigação, dos carinhos consoladores, dos carinhos.
Para ti. Porque sei que ainda me lês. Porque nunca te consigo dizer tudo isto. Tenho saudades."

By Karu (De 0 a 20)

20 julho 2006

A ti que me olhas e vês como eu sou...
















Guardava todos os momentos na severidade de um olhar...
Trazia nele tudo o que a minha alma espelhava... um reflexo tranquilo e doce... quente e acolhedor...
Tudo o que via era belo...
A beleza que imprimimos naquilo que vemos... contrasta com a cegueira das vontades que nos impedem de tornar o mundo mais colorido, afável e seguro.
Perdia-me a olhar... o vazio do horizonte...
Voltava-me e carecia de paisagens envolventes e familiares...
Lugares que me traziam paixões...
Lugares que me despertavam emoções retidas, que agora fazem parte das páginas das recordações.
Era assim que vivia...
Olhando o mundo com a coragem dum coração aberto...
E num olhar discreto...
Reflectia as sombras duma alma...
Pura, doce e calma...
Não tardava ia beber no teu olhar o meu sorriso... indeciso...
Era sempre assim trocávamos olhares cúmplices e fugíamos de nós para sermos apenas um...

19 julho 2006

Chama

Sentia o coração distante. Ele e eu tínhamo-nos perdido por momentos.
Todas as noites ficava apenas ali deliciada a contemplar a beleza dos silêncios que me acompanham. O calor era imenso.
A luz da vela iluminava as palavras que tentava ler, encobertas pela noite. Aquela chama persistia em permanecer acesa...
Aí já não sabia se era a insistência do sono ou se não as queria mesmo ver. Já era tarde.
Tarde demais para pensar com clareza e absorver o que lia. Valia a pena ler.
É na leitura que viajamos sem sairmos do sítio.
É na leitura que esquecemos o TEMPO e nos entregamos à reunião das palavras que em uníssono nos transportam, nos fixam e nos fazem acreditar na magia dos sonhos...
Eles existem para se transformarem em realidades.
E a realidade pertence ao agora.
Mesmo quando a felicidade se foi embora.
Já corria uma brisa. Tinha ficado ali a noite inteira. Aquela esteira era perfeita para abrigar o calor que se fazia sentir do outro lado da serra.
Amanhecera... Tinha sonhado muito.... Soube bem.
Apetecia-me a partir daquele momento dormir todas as noites ali... ao relento... indefinidamente...
Até que o meu corpo negasse o tempo e os sonhos se desfizessem...
Curiosamente a única que continuava de vigia era a vela... que tinha velado pelos meus sonhos, por mim, naquela noite.
O pavio não era curto.
Estava ali para durar.
Assim como a vida não se apaga ao adormecer...
Muito pelo contrário... é um constante acordar.
Não sei o que o amanhã me vai trazer.
Não aposto para o saber.
Quero viver assim...
Transcendentemente...
(In) Conscientemente....
Aqui.

13 julho 2006

ELA

Ela...
Ela sempre foi a minha companhia, quiçá um grande amor, uma grande paixão... a minha condição.
Ela chamava-me e lá estava eu... sempre presente...
Ela acompanhava-me em todos os meus momentos...
Ela soube ser a número 1...
Queria-a sempre por perto, porque precisava dela demasiado. Quase dependia dela... mas ia-a tendo... E isso bastava-me.
Com o tempo... Ela foi assumindo um papel cada vez mais próximo... Do mesmo modo afastou-se... Estava ali simplesmente... todos os dias, todas as horas... O tempo multiplicava-se... Já não a reconhecia... A crise instalou-se.
Já não sabia lidar com Ela. Não era com aquilo que eu havia sonhado grande parte da minha vida...
Aquilo que era sonho, já se chamava pesadelo há tanto tempo... mas eu não conseguia enxergar... E quanto mais afundava, mais todos os abismos se aproximavam...
Cheguei a ponderar a minha condição naquele momento...
Ela já não me fazia feliz.
Prendera-me...
Angustiava-me...
Quase adoeci... E a loucura aproximava-se...
Porque me magoava tanto?
Porque é que eu insistia?
Há quanto tempo já perdurava aquela situação?
Porque não via?
Porque perdi subitamente os sentidos?
Que insanidade era aquela demasiadamente invulgar que me asfixiava?!

Porque me fazia tão mal pensar nela?
Porque me fazia tão mal, se sempre foi Ela o que mais quis?
Aproximei-me dela, mas a sua repulsa era manifestamente a sua prioridade.
Sentia que estava com as ideias às avessas.
Sentia que tudo perdia o sentido...
E quanto mais perdida... menos forças tinha para continuar esta luta desleal...
Quanto mais tempo iria suportar aquele estado?
Que vazio sentia...
Até agora, ninguém o preencheu...
Eu decidi lutar...
Eu decidi viver...
Mesmo assim Ela continuou a fazer tudo por tudo para me derrotar...
Que tortura impetuosa.
E porquê? Se sempre nos demos tão bem...
O que se passou de errado? Não sei...
Hoje estou mais forte e segura...
Ela já não me mete medo...
Ela é importante, sem dúvida, mas revi prioridades...
E foi assim que eu conquistei o meu sorriso...
E fiquei capaz de conquistar o mundo...
E o mundo pertence aos sonhos que excluem carências...
E eu? Eu só queria estar ali a observar a lua... Aquecida pelo tempo, no meu mundo de sonhos... da imaginação... das palavras... da vida que há em mim... cheia de vontade de erguer o castelo mais penoso...
As palavras que ficaram?
Eu e as palavras damo-nos bem. O segredo? Não nos cobramos.
É essa nossa cumplicidade que tanto nos move.
Voltar a Ela?
Todos os dias. Pois preciso dela... mais e mais...
E se dantes ali chovia...
Agora afastei todas as nuvens... e encontrei os meus ideais.
Vejo-a de forma diferente...
Já não sei, por isso, muito bem como lhe hei-de chamar.
Ela? Sempre Ela.
Mas quem é Ela?
Ela podia ser uma pessoa, mas chama-se solidão.

12 julho 2006

Momentos...


Ponto final.
Houve momentos em que quis ser pássaro e voar por aí....
Livre... Solto... Independente...
Encarando a vida da maneira que mais coerente parecia...
Atravessei tempestades...
Houve momentos em que estive inerte...
Carimbei o bilhete da viagem...
Cataloguei os momentos...
E aceitei viver...
Parti... Sem destino...
É sempre tudo uma questão de tempo que não passa... no momento certo...

10 julho 2006

Ode à Felicidade...

Porque junto ou separado acaba por fazer sentido.... Eis alguns excertos de uma obra de Marc Levy...

"(...) por dever para com alguém que em muito pouco tempo me ensinou muitas coisas, e uma em especial, o gosto que tem a felicidade." (pág. 74)

"Ninguém é proprietário da felicidade, temos por vezes a sorte de ter um contrato de arrendamento e de ser o seu locatário. É preciso ser muito regular quanto ao pagamento de rendas, deixamo-nos expropriar muito depressa." (pág. 75)

"Identificar a felicidade quando está aos nossos pés, ter a coragem e a determinação de se baixar para a agarrarmos nos braços... e guardá-la. É a inteligência do Coração. A inteligência racional sem a do coração não passa de lógica e não é grande coisa." (pág. 79)

"Quanto mais envelhecia, mais idealista se tornava. - Penso que para partilhar uma parte de vida a dois é preciso deixar de acreditar e de fazer acreditar que entramos numa história que vale a pena mesmo que não estejamos verdadeiramente dispostos a dar. Não se toca na felicidade com a ponta dos dedos. Ou se dá ou se recebe. Eu dou antes de receber, mas risquei definitivamente os egoístas, os complicados e os que têm o coração demasiado sovina para sequer tentarem atingir os seus desejos e as suas esperanças. - Ela tinha acabado por admitir que há uma altura em que é preciso confessar-se as suas próprias verdades e identificar o que se espera da vida." (pág.81)

"(...) não se pode viver tudo, então o importante é viver o essencial, e cada um de nós tem "o seu essencial". " (pág. 84)

"Temos de nos convencer de que a maior inconsciência do homem é a da sua própria vida." (pág 110)

Ficam os excertos como pegadas que a qualquer momento o mar vem e apaga... Será que a felicidade também é assim? Vem qualquer coisa e apaga? Não. Não podemos deixar que isso aconteça... por muito que a debilidade nos impeça de correr por ela... por muito que a embriaguez seja passageira... Temos o direito e porque não o dever de sermos felizes....
Um sentimento de desejo me faz querê-la... mais e mais.... Felicidade... onde estás?!
- Estou sempre dentro de ti... presente... Sou o teu presente diário se assim o quiseres... Surjo quando e onde quiseres... Sorri-me e vês como te possuo... Alegro-me por estar em ti... a cada dia que passa... Deixa-me guiar-te...

07 julho 2006

JULHO 2005 A JULHO 2006

Caí aqui de pára-quedas... quase como tudo o que acontece na minha vida... Fui abrindo as portas da minha inquieta imaginação... E fui publicando letras e versos, imagens que tanto me dizem...
Fui escrevendo... quando a coragem, a inspiração, ou o desassossego interno imploravam pela libertação e necessitavam eclodir...
Reproduzi pensamentos... comentei muitos deles... porque se entrosavam comigo...
Apresentei momentos que me fizeram feliz, falei de tristezas que conheci...
Expus enfim... uma alma que se cruza com a minha...
É pena não ter a noção de quem regressa a este blog... para ler/ver o que publico... o feedback é reduzido, como se pode constactar pelos comentários...
No entanto, sei que este endereço faz parte dos 'favoritos' de algumas pessoas... e o mais surpreendente é quando dizem: 'vou regularmente lá...'
No fundo somos todos uns transeuntes passivos da sociedade... Não erguemos a voz, quando ela pode fazer a diferença... Interiorizamos que o 'não vale a pena' é uma condição segura... mas que eu considero sem voz...
Perduramos no tempo e na história, quando marcamos a diferença através de uma atitude... Já lá dizia José Cardoso Pires, que "não precisamos de uma máquina de escrever, mas de uma de apagar..." e foi assim que substituiu a sua velha máquina de escrever pelo computador, já com longa idade... Precisamos de escrever páginas novas a cada dia que passa, na subtileza duma alma que não passa incólume... e fazer um 'delete' sem ouvir o bater duma tecla duma máquina de escrever... Não precisamos de mais nada, pois apenas a vontade fala por si...
É com vontade de mergulhar nas palavras e nas imagens desta vida que aqui estou...
E é entre aventuras e desventuras... que o Me, Myself And I... até aqui chegou...

06 julho 2006

Cavalos... Carrosseis... e...??????


Deixo esse registo aqui... Porque hoje um cavalo me fez feliz... Não... Não foi este... lolllllllllll Apesar de ao lembrar-me deste dia e das 'figuras' deste dia... ficar com um sorriso de orelha a orelha... tipo as do Dumbo...



Mas eu continuo a achar que sou parecida com o pato Donald... ó faz favor descubra as diferenças??!! lollllllllllll quer dizer... não tenho olho azul... mas tenho aquele 'brilho' no olho!!! ehehehe Também levei com o flash!!!!



Bem foi mesmo divertido este final de noite... só não sei se o espaço tinha câmaras de vigilância... mas pronto... também se tinha... de certeza que perdoam estas mentes irrequietas e sedentas de vida e alegria! Há que cultivar um pouco a criança que há dentro de nós!! ehehehe




"A vida é como um carrosel
voltas e mais voltas...
E cada volta é igual à anterior.
Quando acaba a corrida... saem uns, entram outros."
Álvaro Magalhães

Já tinha escrito este último pensamento a 8 de Setembro de 2005, aqui no Blog... mas por causa do carrossel... lá o fui repescar!!!



Acrescento-lhe apenas... que este carrosel estava parado... e assim não faz sentido, pois ninguém entra, nem ninguém sai...

04 julho 2006

'Tás-te a rir???!! Eu chorava!!!!'















Perdoem-me... mas levar na desportiva aqueles contratempos da vida é o melhor... Imaginem vocês que moi même.... veio trabalhar pra Santa Terrinha e deixou os 2 telemóveis... nessa bela localidade que é Espinho.... lollll... A verdade é que só dei conta quando já vinha de viagem e lógico que não ia voltar atrás...
Pois bem... como não há uma sem duas...
A correr bem no dia seguinte lá viriam os sacanas... que quiseram fim de semana prolongado.... ehehehe mas... esse dia seguinte calha de ser feriado municipal... logo os correios estão fechados...
Eu sinto-me bem... só me tenho rido e estou absolutamente incontactável.... é fantástico! Já pra não falar que eu não uso relógio... só mesmo o do telemóvel... pronto... lá ando eu a perguntar: 'Que horas são?!' por aí... É bem!!!!! Parece-me bem!!!
E porque não há duas sem três... espero bem que aqui que está sempre a falhar a luz... nos próximos dias isso não aconteça... é que o despertador tem que tocar!!!!! EHEHEHEHEHEH
Todos me dizem: 'Tás-te a rir???!! Eu chorava!!!!' Mas a verdade é que a vida é assim mesmo... feita dos mais diversos e descontraídos momentos... Por isso....
Não apaguemos o sorriso à vida...
Há sempre múltiplas razões para sorrir... Não fique triste, não se deprima... dê umas boas gargalhadas e SEJA MAIS FELIZ!!!!!





29 junho 2006

'To be or not to be... with...'



O outro lado da janela sussurra-me que o mundo lá fora é o que quisermos sem desperdício para ninguém.
A imensidão esbate-se na penúria da solidão...
O vento debate-se com as contrariedades indefesas da natureza...
E eu canto o que os sentidos sopram sem qualquer compasso...

21 junho 2006

Monólogo com a Lua...

Perguntei à lua o porquê de tanta coisa que discuto.
O seu silêncio foi exímio...
E o seu brilho ainda mais intenso...

Percebi de imediato a sua resposta...
Entre olhares descompassados...
Entre as nuvens que teimavam em ensombrá-la...
Vi que as respostas que procuro ecoam dentro de mim... E isso fez-me feliz... Sorri...
Os meus olhos brilharam de êxtase...
Lembro-me de adormecer junto da alegria do presente... de quem estive ausente sem querer...

20 junho 2006

In(tempo)ral(idades)...

Parece o apocalipse final... As trevas... eu cá acho que é um belo 'click' no céu... Hugo Baggio já lá dizia que "NO MEIO DA ESCURIDÃO DA NOITE HÁ SEMPRE ESTRELAS PARA QUEM TEM OLHOS PARA OLHAR O CÉU.
NO MEIO DUM CAMPO DEVASTADO, HAVERÁ SEMPRE UMA FLOR PARA QUEM SABE OLHAR..."
De facto temos o 'dom' de recriar os sonhos, de fazê-los sobreviver, porque o impossível está ao nosso alcanse seja ao acender uma luz na escuridão, seja ao vibrar com pequenos momentos como este que tive a oportunidade de captar!
Lá diz o outro 'o pessimista vê o buraco, o optimista o donuts' e eu até gosto de donuts!!! eeheeh
"Nem tudo o que se enfrenta pode ser modificado. Mas nada pode ser modificado enquanto não for enfrentado..." James Baldwin esteve igualmente bem nesta sua afirmação... tentar é um começo, quando o fim é um radicalismo intemporal... quanto ao resto... isso é o que se sabe... o que não se sabe... ou simplesmente o que não se quer ouvir... por desatino!

01 junho 2006

Alma nua num corpo despido...

O que me diz o amanhã se ainda não veio?
O que me dizes se não sabes o que sentes?

Beija-me na incoerência de sentir...
Preenche-me este vazio de ti...

Sei que existes em algum lugar...
Mas parece que nunca te vou encontrar....

Despes a tua alma...
Partes à descoberta...
Já não há calma...
A praia está deserta...

Se no mar procuras achar-te...
Nas ondas lutas contra o vento...
Já não consegues encontrar-te...
E eu ainda tento...

Entre marés perdidas...
Entre emoções vividas...
Perco-me na tua ausência,
Chamo-lhe carência...
Não sei o que vem aí....
E perco-me por aí...

À deriva... em algum lugar...
o que quero encontrar
vagueia entre sombras...

A verdade do prazer...
perde-se no desejo...
Ser ou não ser...
Oculto beijo...

Palavras ao vento...
E o sentimento?

Sem lamentos,
Sem pensamentos,
Sem momentos,
Divago nas palavras...
Absolutamente descompassadas...

A sinceridade do pensamento,
A cumplicidade do momento...
Extasiou o sentimento...
Ilusões adiadas...

P.S.: Feliz dia da Criança a todos!