10 fevereiro 2007

Just for you: Connected Soul...


Podia criar um dicionário de palavras que te descrevessem...
Mas seria uma edição incompleta.
O amor da amizade é vasto demais para poder contabilizar apenas um conjunto de adjectivos....
Choro cada palavra que escrevo... não de tristeza... mas de SAUDADE...
Inspiro, expiro calmamente...
Soluço nas recordações que te fazem única...
Recordo as soluções que encontramos juntas...
Se há um ombro, um colo amigo... delicioso... é o teu.
Foi lá que enxuguei lágrimas, foi lá que encontrei conforto nos momentos menos bons....
Mas é na tua presença, no teu sorriso, no teu brilho tão genuíno que tenho a certeza que vamos passar bons momentos...
Podes partir hoje... amanhã...
Mas sei que estarás sempre comigo, assim como eu estarei sempre contigo no pensamento... no coração...
Parte...
Voa...
Alcança o teu mundo...
Os teus sonhos...
A tua vida...
Os teus amores...
As tuas paixões...
E que a felicidade te acompanhe... todos os dias...
Adoro-te...
Conta sempre com esta Amizade...
Vais deixar sempre Saudade...
Obrigada por existires no meu mundo...

Eu vou estar sempre aqui.

09 fevereiro 2007

You save my day... Thank'U

Ela misturava sentimentos ambíguos...
E perdia-se em pensamentos distorcidos...

Apanhei-me a viajar no teu olhar...
No teu sorriso...
Na doçura da tua voz...
Notei que ficaste desconcentrado e que sorriste enquanto fazias uma pausa para te recompores... e ordenares ideias...
Há dias mágicos... aquele foi um deles.
Depois de estar contigo lembro-me que tropecei numa dessas escadas e caí...
Levantei-me de imediato com a vergonha natural de alguém avistar o meu infortúnio...
Doía, sangrava da queda mas também eu estava com um sorriso nos lábios muito puro... muito meu...
Quem é que cai, se magoa e ainda sorri?
É o efeito pós dosagem qb (ou não) do medicamento ‘paixão’...
Ora, a ‘teoria’ está para a ‘prática’ assim como o ‘platónico’ está para ‘x’...
Esta regra de três simples dos sentimentos não dá para encontrar resultados com a mesma exactidão da matemática... É pena!

“A vida é feita de Caminhos
Caminhos que levam...
Caminhos que trazem sonhos, alegrias, tristezas, amores, esperanças...”

“Dá valor a cada momento que vivas e esse tesouro terá mais valor se o partilhares com alguém muito especial, especial o suficiente para lhe dedicares o teu tempo...
Lembra-te que o tempo não espera por ninguém...”

“O Ontem é um cheque usado.
O Amanhã é uma nota promissória.
O Hoje é o único dinheiro que tem.
Gaste-o com sabedoria....!!!” (by KayLyon)



Bem... hoje por mais que tente vou andar com aquele sorriso parvo!

03 fevereiro 2007

Enough

Olhei, estava vazio. Resolvi entrar.
A madeira que ornamentava aquele lugar dava-lhe um ar acolhedor.
Ao fundo uma lareira aquecia o frio que o inverno trouxe.
As luzes que ali habitavam eram foscas, ténues deixando transparecer a idade daquele lugar.
Alojei-me mesmo ao lado da lareira, precisava aquecer-me.
A lenha ardia em labaredas voluptuosas. Dali a nada teria que ser reposta para a chama não voltar a apagar.
O barman veio ao meu encontro registar o pedido. Pedi um chá de menta. Dizem que faz bem ao coração. Talvez ele também precisasse de calor...
Abri o saco e tirei o livro que tinha comprado e aquele era o ambiente ideal para deixar-me viajar pelo mundo, sem sair do sítio através de um livro.
Passaram-se três horas... o chá arrefecera, anoitecera e aquele espaço estava amontoado de gente...
A leitura tinha-a envolvido como um edredon à noite quando nos aconchega os sonhos que vêm e vão.
Penetrara fragmentos cruzados de histórias de vida. E assim matava o tempo ouvindo pelo o olhar muitas vozes carimbadas nas folhas dum livro.
Espantava a solidão mesmo rodeada de tantos desconhecidos.
Entre grunhidos, gargalhadas e a música ambiente apenas escutava as palavras de um livro.
Curiosamente era um nome masculino e falava comigo, mesmo que em monólogo.
Soa interessante a ideia de um estranho falar-te ao coração, inserir-te no seu mundo com a vantagem de ficar sempre disponível para ti e a teu lado!
Interiorizei todos aqueles pensamentos soltos...
E só não desatei a rir, porque parecia mal. Já bastava os esboços de sorrisos inevitáveis ao passo que avançava no livro.
Não queria que me interpretassem como louca, ou ridicularizassem a idiota.
Senti-me óptima. Como já não me sentia há imenso tempo.
Entretanto, aquela tarde de sábado terminara... e a noite já tinha caído sem querer...
Fui embora. Mais tarde a companhia seria a mesma... estava certa que ia passar tempo de qualidade. E sobretudo sentir-me bem.
Que mais podia pedir?

01 fevereiro 2007

E as nuvens vão embora?

E avanço, recuo.
Paro no tempo...
Arranco uma página do calendário e escrevo outra.
As intenções são boas.
Mas vem o vento, e a página voa... Desaparece.
Já não me sinto capaz de escrever uma única palavra.
Perdi os últimos pensamentos lúcidos que me restavam.
Nunca vou conseguir reescrever aquela página.
Eis que tento...
Eis que desisto, aquele dia ficou perdido no vento.
Podia oferecer uma boa soma para quem encontrasse aquelas palavras e mas restituísse...
Mas se ordenou o destino que elas se perdessem...
Deixá-las vaguear sem rumo é o melhor caminho...
Há palavras assim. Soltam-se sem cabimento e tomam a liberdade que lhes é tão natural.
Entre o silêncio e a palavra, entre a escuridão da noite e o dia, entre o vento que sopra e a neve que congela, entre as páginas que arranco e as que deixo ficar, entre o amor e a dor, entre o mundo que escolho e o vazio que encontro, entre a vida e a morte, entre o bem e o mal, entre a solidão e a companhia, entre tu e eu...
Escolho... escrever página a página e sem rascunho... o que a vida me reservou, porque tudo o que acontece tem que ser sempre bem-vindo e de braços abertos!

30 janeiro 2007

Já podes adormecer...

As minhas lágrimas são um pedaço de ti que se afasta de mim...
Arrastá-las pelo rosto...
É um desabafo mudo, imbuído de memórias curtas mas perfeitas...
A cada gota que escorre...
Esgoto-te em mim....
Frio, perdido, caído...
Acho-te todos os dias...
Mataste a tua alma com o desacerto do teu viver...
Arde a ferida que não sara...
Cura-se a alma sozinho...
Recupera-se o tempo perdido...
E intensifica-se a urgência do Adeus...

(À Ana Labella espero que seja isto que precises! As melhoras! Anima-te!)

23 janeiro 2007

Era exactamente ali...

Mais do que um abrigo era um refúgio…
Aquele recanto da casa era onde ela se reencontrava com o seu ‘eu’ mais imprevisível.
Muitos pontos de interrogação vagueavam no deserto do seu olhar.
Era uma completa cegueira do mundo em que vivia.
Também era preferível dessa maneira…
O mundo visto com olhos vivos era sujo e poluído demais para querer pertencer-lhe.
Era um recanto que a devolvia ao seu ‘eu’… sempre que tinha necessidade de crescer no seu íntimo e libertar-se da crueldade de um quotidiano previsível, mas convincente…
Em que mundo vives?
Ela preferia não responder…
Raras seriam as pessoas que a compreenderiam.
É esta incompreensão…
Que a envolve em distúrbios existenciais…
No fundo, há tanta coisa que não faz sentido.
Que o melhor é nem sequer tentar encontrar respostas.
Na verdade nem o dicionário tem essa pretensão…

My soul...

“Os corpos têm o abraço.
As almas o enlace!”

Porque a teoria não iguala a prática?
Dia após dia é complicado entender o domínio que se apodera de mim… num quadro fantasmagórico de pensamentos, incertezas, oscilações de humor, em que tudo parece tudo… nada parece tudo… pensar não ajuda e gerir-me é estranho…
Descubro que vai ser tudo diferente um dia… porque “a vida é feita de lutadores e não de espectadores.”

Memories...

Vida, obrigada por me escolheres!
Por decidires que sou portadora de uma voz interior que reparte tristezas, alegrias e foge para a solidão para sofrer calada e sozinha, distante de tudo para que ninguém ouça o choro desmedido das alegres memórias um dia criadas e eternizadas nas páginas do livro do coração.
“O verdadeiro amigo é aquele que segura a tua mão e toca o teu coração.”
Bastava isso. Era pouco.
É pena que o teu coração não ouça e nem sinta estas palavras….

“Embora ninguém possa voltar atrás e fazer um novo começo, qualquer um pode começar agora e fazer um novo fim.”

Se qualquer dia é dado como válido para um começo….
Desperte-se a vontade de tentar.

Volta e MEIA...

Há a meia de leite (que representa o dobro de um pingo ou como dizem lá pra baixo ‘garoto’)
Há a meia torrada (que está com a designação correcta)…
Tirando estas excepções (regulares),
MEIAS. SÓ NOS PÉS! E já têm lugar cativo.

Tenho dito.

22 janeiro 2007

Questões presentes

Era miúda quando ouvi, salvo erro, os irmãos Leandro e Leonardo cantar qualquer coisa como:




“(…) Eu não faço amor por fazer
Tem que ser muito mais que o prazer (…)”

Na altura achava palavras com sentido, mas não me apercebia que aquilo era muito mais que meras palavras amontoadas num ritmo melancólico, que classifica aquela canção como: ‘romântica’.
Será que a percepção de amar-te não pelo o que tu és mas pelo o que eu sou quando estou contigo te diz alguma coisa?
Nunca quis controlar o incontrolável.
Em breve o presente será passado, mas nunca futuro…
É por isso que não se pode deixar que o presente seja um passado sem futuro….

Entre avanços e recuos constatei que estava inerte de vida naquele presente…
Aí ocorreu-me uma frase de Stella Adler: “A vida bate e estraçalha a alma e a arte lembra-nos de que temos uma.”
Respondi-me.

16 janeiro 2007

Anjos do silêncio...

Ouviu-se um silêncio de morte.
O que se esperava?
Uma tragédia certamente.
E não estava enganado.
Era um silêncio gélido, balançante, que nem o zumbido de um insecto se ouvia.
Estava petrificado e sem saber o que fazer.
Não gesticulava com as mãos.
Não soletrava uma palavra… nem um gemido…
Era um silêncio de morte.
Tinha-me apaixonado.
E soube naquele momento.
Já não me sentia assim há muito tempo.
Adoeci.
Já não era o mesmo… fui atingido pela sua voz…
Pelo calor da sua presença.
E estava ali parado.
Saboreando a minha doce morte de vida só e pobre.
Apaixonara-me como um veneno que entra e teima em não desaparecer.
Da minha testa vertiam suores de delírio intenso…
Ela enfeitiçara-me apenas com a sua presença sublime.
Embruteci. Emudeci. Morri.
Acordara.
Tinha tido o sonho mais violento… mais desesperante…
Sentia-se perdido e confuso.
Transpirava imprecisões.
Tudo parecia demasiadamente real.
Abrira a cortina e ainda não tinha amanhecido.
Preparava-se para repousar mais um pouco.
As ideias fervilhavam em contradições.
Mas ele queria voltar a adormecer… e remar em busca das respostas do inconsciente.
Voltar àquele sonho que o deixara transtornado… enfeitiçado… preso.
Ela tinha desaparecido da sua vida, dos seus dias… dos seus sonhos…
Ele estava impaciente. Vivia obcecado com aquele sonho.
Procurava-a e não a via.
Chamava-a ela não ouvia.
Os anjos passam pelas nossas vidas, viram-nas do avesso.
E prosseguem no desfile de máscaras, impunes e alegres…



Foto tirada a 6 Janeiro 2007 @ Espinho

Fica sempre qualquer coisa...

A opinião era unânime: a casa sem ti não é a mesma coisa.
E não era. Eu sabia.
Fazia-me falta aquele ambiente em que me entregava sem rodeios...
E fazia tanta gente feliz.
Eram as conversas sempre animadas, os sorrisos tímidos arrancados, as gargalhadas estridentes em série...
Os maxilares chegavam a doer de tanto rir.
Era o ambiente perfeito em que apenas me viram chorar uma vez.
Tinha chegado o momento das despedidas.
Custava imenso deixar o que tinha construído.
Custava largar os meus dias felizes.
Parti.
Precisava de tempo.
Para viver, para respirar para me encontrar, para pensar...
Por momentos encontrei-me no meio do inferno, mesmo sendo Inverno.
Faltava apenas a temperatura subir e não encontrava diferenças...
Parece que passou um tufão por mim e me deixou estranha de mim mesma.
Agora já tenho tempo.
Ergo os braços e abraço-te com o meu sorriso.

Bússola do tempo...

É esta incapacidade de sentir que atordoa o meu instinto recatado.
Sei que sou a minha própria bússola... mas os meus pontos cardeais estão ligeiramente sem orientação.
Há arranjo para bússolas desajustadas...? Desalinhadas...?
Saber... tiraria o encanto da imprevisibilidade do desconhecido.
A minha Amazónia faz-me perder de mim e encontrar-me quando já não pretendo decidir...

08 janeiro 2007

Amor em Branco...

Cala-se a voz que já se cansou de debitar palavras sem sentido e sem emoção.
Ouvia-se o ritmo da melodia sem palavras...
A solidão apoderara-se daquelas notas que já não faziam sentido longe da doçura da sua voz.
"Música é o Amor à procura duma Palavra..."
Procurava as palavras perfeitas.
Escolhia a narrativa porque a poesia estava destinada aos amantes da lua...
Que a descreviam como a única mulher que pairava entre as estrelas...
O conceito de música estava devastado...
Acabaram os poetas...
Perderam-se os compositores...
E os instrumentos desafinaram com o tempo... que foi passando lentamente...
O Maestro tentou recuperar a Orquestra e até chamou os melhores sopranos e tenores que conhecia...
Mesmo assim nada parecia resultar, porque o seu coração estava fraco.
E vazio da paixão que sempre o acompanhou: A música.
Se o maestro não consegue conduzir a música...
É porque a paixão acabou e o amor nunca chegou a existir...
Uma vida de paixões, nunca chega a Amar nada verdadeiramente.

DOIS

Aquele era um amor qualquer, que até hoje ela não sabia porque lhe chamara AMOR!
Ali não houve química nem 'física'...
Eram dois conhecidos, dois estranhos que se acabaram de conhecer e cujos corações não se abraçaram.
Era a perfeita história de desamor que conhecia. Igual a tantas outras, mas era dela. Apesar de ser mais uma.
Às vezes estamos só de 'passagem' porque não nos carimbam o passaporte...
E assim acontece quando dois corações são incompatíveis demais para seguir viagem!
Uma viagem é uma descoberta e só o medo de correr riscos nos impede de nos encontrarmos.

"O medo...
O medo leva-nos a perder coisas únicas na vida, a não arriscar o que se procura, a desistir do que se pode ter.
O medo leva-nos à loucura, ao isolamento, à solidão...
O medo leva-nos a perder a felicidade tantas e tantas vezes simplesmente porque temos medo de tentar...
Medo de dar o primeiro passo em frente e enfrentar o que o coração manda e a razão teima e trava...
A vida são dois dias...
Não vale a pena pensar muito... há que viver cada minuto como se fosse o último."

Sabes... um dia vais ter que começar a confiar em alguém...
Porque não começas comigo?

AI O AMOR!!!!!!!!!!!!!!!

"O amor, quando se revela,
Não se sabe revelar.
Sabe bem olhar p’ra ela,
Mas não lhe sabe falar.

Quem quer dizer o que sente
Não sabe o que há-de dizer.
Fala: parece que mente
Cala: parece esquecer.

Ah, mas se ela adivinhasse,
Se pudesse ouvir o olhar,
E se um olhar lhe bastasse
Pra saber que a estão a amar!
Mas quem sente muito, cala;
Quem quer dizer quanto sente
Fica sem alma nem fala,
Fica só, inteiramente!

Mas se isto puder contar-lhe
O que não lhe ouso contar,
Já não terei que falar-lhe
Porque lhe estou a falar…"

Fernando Pessoa

30 dezembro 2006

O Relógio não pára...

“I was young and wild. I’m still so inside…”
A rebeldia da idade incapacitava-a de ver com clareza o que acontecia dia-após-dia.
Ela dizia que não precisava de usar óculos, mas também ninguém se referia a esse pormenor.
Rebelde vai ser sempre. Ver para além do ‘hoje’ é que já era difícil.
A sua maneira diferente de estar na vida fazia-a crer em mensagens como: “que a morte nos encontre vivos e a vida não nos mate.” E era bem verdade.
Além das consumições da vida, ela é consumida depressa demais para não a aproveitarmos e se possível da melhor forma…
Não gostava de relógios. Não gostava de contar o tempo que faltava. Que passou.
A espera pode ser dura, mas oca… mas também era passível de surpreender, contrariando as expectativas mais optimistas que na verdade são mais pessimistas que a tristeza dos dias cinzentos.
Apesar das conjecturas apontarem para os bons momentos, o ser humano é terrível. Prende-se à certeza e sonha com a incerteza.
Ela preferia a incerteza é mais instável e circunstancial. Circunscreve-se a uma possibilidade remota.
Fez a comparação mais parva da sua vida, quando se referia aos momentos menos bons durante uma conversa ao telefone com uma grande amiga, mas que ela achou perfeita: “na vida tudo é como uma varinha mágica… (aquela mesma da sopa…) pois PASSA TUDO!” Riram-se efusivamente. Aquela mensagem dita sem querer e na sua simplicidade tinha um misto de humor e realidade.
Temos pessoas que nos ouvem e isso é estupendo. Seja asneira ou disparate… Dizer tudo ou parte… Não interessa.
Estabelece-se o processo de comunicação. Transparece ali a ‘teoria’ do feedback, longe dos ruídos e das interferências alheias a Emissor de mensagem e consequentemente Receptor e vice-versa.
Teorias à parte… são as boas colheitas não do vinho, mas dos Amigos que se mostram tal como o voto matrimonial: para os bons e maus momentos.
E como se tropeça largas vezes nos laços tenta-se não esquecer aquela frase que diz qualquer coisa como: “never regret something that once made you smile.” À qual se acrescentaria certamente: “live life in every breath.”
Não era suposto ser introdução ou conclusão do livro de nenhuma vida. Ela ficava feliz por ser um capítulo ou até uma página de doce lembrança, na altura em que se relê. Ao longo dessa página ela e o mundo concluiam...
“A vida é tão curta e a tarefa de vivê-la é tão difícil que quando começamos a aprendê-la, já é hora de partir.”

ACASO

Às vezes faz falta dar o primeiro passo…
Depois tudo ACONTECE!
Há momentos que surgem por acaso, mas que não ficam guardados no acaso.
Desde o primeiro dia que ali entrei que o fascínio por uma paixão comum se ergueu.
Quando se gosta de algo em comum… Esse algo exerce um magnetismo (in) voluntário que nos puxa pelo prazer comum do gosto!
Entrei e fiquei seduzida por aquele lugar, que fazia parte da história… pelas histórias que contava. O que não pensei… é que um dia fosse fazer parte da minha história.
As portas abrem-se, mas muitas vezes temos medo de entrar…
Mesmo assim a força de lutar por aquilo que nos é genuíno… intrínseco e invariavelmente nosso… cruza-se com as forças negativas que nos impedem de seguir em frente.
O desânimo, a descrença… assumem-se como qualificativos da própria desgraça… porque ela também acontece!
Os acasos da vida são brilhantes e não menos deliciosos! E este foi sem dúvida um deles.
Foi tudo rápido demais… Até a mim… fez confusão. Admito. Além dos sonhos entrego-me aos desafios… paixões… para saber se sou capaz…
Fico satisfeita quando no fim a resposta é a afirmativa!
Foi uma oportunidade única. Que possivelmente dificilmente um dia seria concretizável…
Há momentos, pensamentos que não passam disso mesmo… pela vida fora…
Mas se não tivermos vontade de sonhar, mais e mais… concretizar e avançar…
Ir em busca de vários sonhos e vivê-los intensamente, o nosso acaso de vida, não passa disso mesmo: um mero acaso!
A receptividade foi inigualável, o trabalho de equipa funcionou.
As portas abriram-se quer para as “Imagens do meu Mundo”, quer para o ‘Retrato’ da Amizade…
Por onde passo tento deixar a minha alegria, a minha magia pessoal…
Com o passar do tempo… sustento-me com as boas memórias que construo.
Às vezes mais curtas, outras mais intensas, mas sempre minhas…
As más dispenso… disponho-as num canto de mim para os ‘maus dias’ (porque esses também existem…) São dias em que não me encontro disponível para ninguém… talvez nem mesmo para mim…
Abraço a vida com força e com os dois braços… Quanto mais não seja para aconchegar o meu viver sonhador, intenso e mágico…
Nos dias que antecederam o ‘grande dia’ senti o nervoso básico de alguém expectante… principiante… e perfeccionista que quer que esteja tudo perfeito ou lá perto.
Da chegada à partida só me ocorre uma palavra: MÁGICO!!
Porque toda a fragilidade que temos se move com a sensibilidade com que abraçamos os projectos…

26 dezembro 2006

Personagem do dia

"Cheio de insubstituíveis está o cemitério cheio..."
Ele repetia todos os dias a todas as horas, recordando o fim incalculado inevitável.
Ele era severo, prático e infeliz. Dizia os disparates que lhe restavam no cérebro com tanta convicção que dificilmente se iria habituar a ordenar um único pensamento coerente.
Estava demasiadamente preso e domesticado ao seu mundo pequeno, sustentável apenas por mais uma vivência ordinária tão comum nos dias que deixaram de passar para ele, porque são todos iguais e funestos.
Cada passo que dava era um distúrbio que provocava.
Há pessoas assim, desconhecem-se a si próprios e encontram-se no número da conta bancária, apesar de não ser essa a ideia...
Quando se vive, aproveita-se o acaso para ser uma existência com sentido, nem que seja mínimo, um nada acima do zero.

19 dezembro 2006

Reflexo puro...

Amanheceu em mim…
As cores da manhã devolvem-me a sensatez dos sonhos desfeitos e imperfeitos da noite.
Cruzei-me no caminho com o Mar… Ele estava calmo. Como eu.
Os nossos estados de espírito… misturam-se frequentemente…
Damo-nos bem…
Convivemos bem com a ausência um do outro…
Mas sei onde posso encontrar uma fonte de inspiração, um amigo.
O silêncio fraudulento das suas ondas, abraça a minha alma invariavelmente.
O vento já espalhou a areia do seu areal…
Espantou as gaivotas e entregou a temperatura negativa aos termómetros…
Mas eu continuava com o meu destino traçado. E estava ali impávida e serena… murmurando segredos… ouvindo respostas que mesmo em silêncio diziam-me tudo.
Falavam que o caminho era aquele que seguisse…
Desde que ouvisse a voz dele…
Ele era o meu Deus, chama-se Mar… e parecia uma Pessoa…
Que estava ali para levar as águas e lavar as memórias… e os rostos encharcados da chuva que teimava em cair.
Saía dali como nova ou renovada e esperava que o retorno fosse mais espaçado…
Mesmo assim era mais forte que eu. Não resistia à sua presença que era mais forte que a minha existência e me alcançava fora e dentro de mim…
A sua presença era completa e também discreta… E essa perfeição só podia resultar impossível…
Eram duas almas, mas não duas vidas.

18 dezembro 2006

Aqui fica o meu conto de Natal...

Era uma vez…
Um conto ou três…

Que falava das cores do natal
Na magia do sentimento
Podia ser uma história banal…
Mas tinha um pressentimento…!

As ruas enchiam-se da cor das luzes…
Que acordavam aquela cidade…
Para a maravilha da época
Quando vivida de verdade….

As pessoas ficavam mais gentis…
E toda a gente era feliz…

A harmonia e a alegria daquele mês…
Engrandeciam os três…

Eu… tu e ele…que não existe…

Todos os dias deviam ser Natal…
Pelos valores que a época transmite…
E por isso persiste…
Para sempre…
Mas se pelo menos uma vez no ano…
O coração se abrir ao amor e à amizade…
Talvez este conto um dia seja realidade….

Feliz natal e um excelente ano de 2007 a todos os amigos, conhecidos e, porque não, ilustres desconhecidos que visitam este blog!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!

Beijos e Abraços

Eldazinha

11 dezembro 2006

Acho que não é preciso dizer mais nada...






















Quando uma imagem vale mesmo mais que mil palavras...

Sonhos

“Há quem diga que todas as noites são de sonhos. Más há também quem garanta que nem todas, só as de verão. No fundo, isso não tem importância. O que interessa mesmo não é a noite em si, são os sonhos. Sonhos que o homem sonha sempre, em todos os lugares, em todas as épocas do ano, dormindo ou acordado.”

Shakespeare in Sonhos de Uma Noite de Verão


Tudo é permitido quando se sonha... seja de noite ou de dia...
“O sonho comanda a vida...”
A vida também é capaz de comandar o sonho...
Ou pelo menos mantê-lo aceso...
Sonho ao acordar e vivo...
Porque todos os dias podem ser um sonho... podem ser de sonho...
Porque sonhar nunca foi impedimento de nada...
A magia dos sonhos... é pura...
E existe para nos fazer felizes...
Justamente como os amigos...

04 dezembro 2006

O mau tempo também passa...

Discutíamos mil e uma coisas… mas era a maneira de viajar no teu íntimo e reconhecer-te…
Regressando apenas quando os ponteiros do relógio ameaçavam o romper do dia… e as cores da manhã contornavam o teu… o meu olhar…
Todos os nossos sonhos eram comuns…
Ambos os criávamos juntos…
Podiam ser banais… mas eram nossos…
E eu amava-te…
E acho que isso diz tudo.
Já esgotei o leque de palavras…
Na tentativa de justificar o meu sentimento.
Interligava momentos…
Construía um labirinto…
E o meu maior quebra-cabeças…
Era sem dúvida… a dúvida… se escrevia sobre o que se passava comigo no amor… na vida ou na sorte… e até eu me confundia…
Eu baralho as mentes menos atentas
E já não eras tu que me preenchias… o ‘sótão’…
Talvez o passado ainda estivesse presente…
Mas pouco a pouco ia ficando limpo e arrumado fora e dentro do sentido figurado…
Dos pensamentos que te incluíam.
A nuvem passou…
A chuva também…
Está um bonito arco-íris em mim…
E cada cor é um sorriso que dou…
A mim mesma e ao mundo…

Em todas as ruas te encontro...

"Em todas as ruas te encontro
Em todas as ruas te perco
conheço tão bem o teu corpo
sonhei tanto a tua figura
que é de olhos fechados que eu ando
a limitar a tua altura
e bebo a água e sorvo o ar
que te atravessou a cintura
tanto, tão perto, tão real
que o meu corpo se transfigura
e toca o seu próprio elemento
num corpo que já não é seu
num rio que desapareceu
onde um braço teu me procura
Em todas as ruas te encontro
Em todas as ruas te perco"

Mário Cesariny

"Cesariny foi uma grande figura, um espírito verdadeiramente livre, como já não há muitos, cuja capacidade provocatória e criativa irrompia como um meteorito na noite escura num país reprimido politica e socialmente pela ditadura." Eduardo Dâmaso in Diário de Notícias


(in http://desablogabafos.blogspot.com/)
foto tirada em Espinho a 1 de Dezembro 2006

29 novembro 2006

1 minuto da sua atenção

O autor é para mim desconhecido mas acho que vale a pena focar nas seguintes palavras:

"Em cada minuto de tristeza perdemos 60 segundos de felicidade..."

E é bem verdade....

26 novembro 2006

Feelings...

As cores da manhã são as mesmas da noite…
Tudo porque é o intervalo de tempo que não estou contigo.
Viver assim é uma espera constante que eu aprecio apenas por saber que existes.
Caminhava por entre as ruas e sentia o frio da brisa do ar seco…
Fechava o casaco…
Lembrava-me de ti…
E a minha alma aquecia…
É o calor do teu espírito que me envolve e devolve…
Tudo o que eu preciso…
Espero reencontrar os teus olhos ao final do dia…
Que para mim é talvez o verdadeiro começo desse dia…
Estava rendida à tua presença.
E a tua ausência era um alento…
Que nem o vento conseguia levar…
Escutar a tua voz no meu ouvido…
É mágico…
E quando se fala em magia…
Fala-se das cores do além que existem…
E que apenas sentimos…
E não se justificam doutra maneira.

25 novembro 2006

Dinheiro vs Vida

Anthony de Croud, um missionário da África do Sul disse:

“Com dinheiro pode comprar uma casa, mas não um lar.

Com dinheiro pode comprar um relógio, mas não comprará tempo

Com dinheiro pode comprar uma cama, mas não o sono não.

Com dinheiro pode comprar um livro, mas a sabedoria não.

Com dinheiro pode comprar um médico, mas não a saúde.

Com dinheiro pode comprar status, mas não respeito.

Com dinheiro pode comprar sangue, mas não a vida

Com dinheiro pode comprar sexo, mas não o amor.”

Quando as acções se cruzam… com dinheiro… vivemos enclausurados e limitados…
Há que saber viver e gerir este bem… convenientemente…
Porque a vida é muito mais do que isso…

"O Céu é o Limite..."

Queria adormecer sem lágrimas….
Queria viver sem reservas…
Estamos sempre limitados…
Sempre aprisionados…
Pelas adversidades contraditórias…
De uma vida que se esgota minuto a minuto…
Momento a momento…
Longe de histórias incomuns…
Construímos histórias…
Construímos defesas…
Construímos barreiras…
Construímo-nos… dia-após-dia…
E erguemo-nos pela força da vontade de viver in extremis…
É esse o valor… da vida…
Viver no limite…
No nosso limite…
Por isso gosto daquela expressão “o céu é o limite!”
E é mesmo verdade…
Só assim a vida faz sentido…
Só assim o rumo fica traçado…
Vincado…
Pela passagem…
Que fica aos olhos de todos…
Como um acto de coragem…
E de admiração…
Por se ser forte o suficiente…
Ser inteligente…
Reconhecer as falhas do presente e avançar para o futuro sem medo…
Porque as acções sempre foram coerentes…
E construídas em bases sólidas…
Na expectativa…
Do triunfo… que conquistado… ainda tem mais sabor…

16 novembro 2006

Brilho sublime...

É num conflito directo de emoções que tenho gravado o teu sorriso sublime…
Naquela noite não era apenas o sorriso que brotava nos teus lábios….
Era todo o teu rosto… principalmente o teu olhar… e o jeito inseguro com que reagias à minha presença…
Um brilho intenso e acolhedor… como se tivesses saído duma dessas telas de cinema dum filme de romance e paixão…
Abriste a porta do meu sorriso…
E entraste… porque eu deixei…
Ao permitirmos a entrada dum sorriso fechamos a porta a todas as lágrimas que caíram a seu tempo…
Não as esgotamos… mas ficam adiadas até ao ciclo vicioso tropeçar na data…

06 novembro 2006

VIVEMOS DE MOMENTOS EM EXIBIÇÃO... NO MUSEU DE FOTOGRAFIA DE ELVAS


Eu vivo
Tu vives
Ele vive
Nós vivemos
Vós viveis
Eles vivem...

Viver é a conjugação perfeita para nos apaixonarmos por cada momento da vida....

Principalmente quando temos a possibilidade de o eternizarmos na lente da objectiva de uma câmara fotográfica....


Captamos sorrisos...
Paisagens....
Pessoas...
Lugares que visitámos e nos apaixonamos....
Expressões... que a memória não esquece....
Mas que pode ficar guardado para sempre...


Ao falar de mim...
Falo das minhas paixões....

Os amigos...
A música....
A rádio...
O jornalismo...
A fotografia...
Espinho, a minha cidade....
O meu mar que tanto amo...


Hoje é tudo isto que eu trago aqui....
Os meus momentos....
Que hoje partilho convosco e exponho ao mundo....


É uma exposição dos meus momentos...
Do meu mundo...
É a paralisação do que os meus olhos avistam....

Os lugares por onde passo...
As pessoas que me acompanham....
Os desconhecidos que surgem no meu caminho...

Vivemos de momentos....
Ou será que os momentos vivem de nós?

A vida esgota-se... mas os momentos não....

O tempo passa e apaga muita coisa....
Mas se alguns momentos ficam perdidos no tempo
... outros perduram...
para sempre...
porque também são eles que nos alimentam....
É deles que vivemos....


O brilho dos aplausos não me fascina...
Apenas...
O brilho do arco-íris (sol) que preenche os meus dias...
Até mesmo aqueles mais cinzentos...
Que cruzam o preto e o branco....


Momentos e mais momentos....
Levamos uma vida inteira a criá-los e a apagá-los...

E isso leva muito tempo...

Talvez... o tempo necessário.... para lembrar e esquecer...


Choro com a mesma intensidade que rio....

Mas no fundo vivo...

Tenho a certeza que vivi o momento...

Em qualquer que seja o enquadramento!


Não sou fotógrafa... gosto de tirar fotografias...

E eternizar momentos...
Foi com este texto que se iniciou a projecção da minha primeira exposição de fotografia intitulada "Vivemos de momentos..."
A inauguração foi a 4 de Novembro... com casa cheia... e vai estar patente ao público de 4 a 26 de Novembro, no Museu Municipal de Fotografia João Carpinteiro, em Elvas.
Uma exposição dos momentos presentes aqui no Blog... não é à toa que tem o nome "Vivemos de momentos..." Fotos e textos meus... em exposição durante o mês de Novembro...
Também o jornalismo marcou presença nesta exposição, como não podia deixar de ser...
O meu percurso no Jornalismo... também exposto nesta exposição inserida no V Encontro da Comunicação Social de Elvas...

OBRIGADA ELVAS...!

22 outubro 2006

Estou além (letra e música de António Variações)














Não consigo dominar
Este estado de ansiedade
A pressa de chegar
P’ra não chegar tarde
Não sei de que é que eu fujo
Será desta solidão
Mas porque é que eu recuso
Quem quer dar-me a mão

Vou continuar a procurar a quem eu me quero dar
Porque até aqui eu só

Quero quem
Quem eu nunca vi
Porque eu só quero quem
Quem não conheci
Porque eu só quero quem
Quem eu nunca vi
Porque eu só quero quem
Quem não conheci
Porque eu só quero quem
Quem eu nunca vi

Esta insatisfação
Não consigo compreender
Sempre esta sensação
Que estou a perder
Tenho pressa de sair
Quero sentir ao chegar
Vontade de partir
P’ra outro lugar

Vou continuar a procurar o meu mundo, o meu lugar
Porque até aqui eu só

Estou bem
Aonde não estou
Porque eu só estou bem
Aonde eu não vou
Porque eu só estou bem
Aonde não estou
Porque eu só estou bem
Aonde não vou
Porque eu só estou bem
Aonde não estou

(Gravado no álbum Lena d’água Aguaceiro, em 1987)

Disco sem rotações...

Embriago-me de notas musicais…
Fico em coma duma overdose…
De música…
Descompassada…
Ultrapassada…
E continuo com sede… dela…
Todos os dias que passam…
Formo uma música…
Componho…
Entrego-me…
Deliro…
Fujo do silêncio…
E rendo-me aos tempos mortos…
Que acordam das profundezas…
Só por ouvir o som dos sentimentos incutidos na melodia de um dia normal…
Os ouvidos não se cansam de ouvir…
Desperto…
Acerto…
Vivo em constante… clave de fá…
Porque a de sol já está gasta…
O tempo passa em semicolcheia…
O grave agudiza-se…
Todas as estratégias ficam vencidas…
E os sonhos… vingam…
Pela força do sentimento…
Que não leva jeito…
Que não se leva com o vento…
Mas podia voar…
P’ra longe da fúria das cordas da tua guitarra…
Da alma do som da harpa…
Que desassossega as almas…
Da chama que se apagou… pelo tempo…

20 outubro 2006

Arco-íris da vida...














No dia em que as nuvens se aproximarem...
O vento continua a correr...
No dia em que a tempestade se aproximar...
Vais de certo sobreviver...

Acredito que a vida é feita de compensações…
As emoções de ontem...
As tristezas de hoje...
Nunca hão-de estragar o amanhã…

Obrigada por mostrar-me o arco-íris das pessoas...
Apesar dele se ausentar... constantemente...
Ainda acredito que exista...

(Dedicado a uma amiga recente mas para sempre!)

18 outubro 2006

Abres-me a porta?

Beijo-te com um sorriso no olhar....
E rio intensamente...
Eternamente...
A chuva afasta-se e deita-se no mar...
E eu sonho contigo...
Na tempestade... da minha vida...

Sempre te lembraste dos momentos importantes…
Que eu também definia como tal...

Desculpa não poder dar-te mais de mim…
Desculpa não poder estar por perto…
Mesmo assim…
O coração bate incorrecto…
Secreto…
Por ti…

Qual a chave para te amar?
Qual a chave para me encontrar?
Qual a via para chegar a ti?

Há-de existir…

14 outubro 2006

NINGUÉM É DE NINGUÉM...

Calo-me quando as opiniões vão de encontro às minhas...
Tenho por hábito não refutar aquilo que acredito...
Mantenho-me fiel… a mim…
Firme em convicções…
Estreita nas direcções…
Acompanho os instintos…
Alguém que tem idade para ser minha mãe… disse-me um dia que:
“Ninguém é de ninguém”
Às vezes parece que é necessário que nos abanem e digam... as coisas ao ouvido para as escutarmos... Reflectirmos... e Acordarmos... para as mensagens da vida...
Só aí me apercebi da verdade desta afirmação...
O sentimento de posse se nos acompanha…
Só atrapalha…
Estas palavras vieram ter comigo já lá vão alguns anos…
Não… não foi quando João Pedro Pais cantou estas palavras…
Ele não tem idade para ser minha mãe…
Fiquei com a sensação de que tudo acontece…
Por si…
Não é preciso influenciarmos as decisões…
Nem apaziguarmos rancores…
Basta viver…
Para perceber que o sabor das palavras, das pessoas, da vida…
Se resumem a uma palavra:
DESTINO…

13 outubro 2006

Brilhos...


Falo do brilho… da intensidade de luz…
Ou até mesmo de…mim…
Falo do tudo…
Do nada…
Da lua e da madrugada…
Queria viver o impossível…
E conseguia…
Queria aceder ao inacessível…
E conseguia…
Traduzia todos os meus pensamentos inconscientes
Porque me conhecia bem…
Eram reflexos de mim…
Eram prioridades indefinidas…
Era incoerência no sentir…
Amo a vida…
É a única certeza que tenho…
Luto por ela…
E orgulho-me por tudo aquilo que construí…
Parafraseando Fernando Pessoa…
A quantidade de pedras que se cruzam no meu caminho…
São suficientes para construir… um dia um castelo…
E… já foram tantas… que todas as que surjam…
Não me vão impedir de lutar…
Se por mais ninguém…
Por mim…
Há brilhos que rápida e facilmente de ofuscam…
E não é essa a intenção...

Há-de Haver...


Estou vazia de sentidos….
Mas sinto tudo em cada poro da minha pele…
Apenas sentia a angústia da tristeza de um Tu que não existe…
Acho que os irmãos Rosado… devem ter razão quando cantam as próximas palavras:

Há-de Haver Onde Começar

“Eu seria para ti a fuga da solidão
E amanhecia em ti, pra noite afastar
Amava-te assim
Por saber o que é sentir
Que estás dentro de mim
Há-de haver onde começar
Há-de haver como ver e respirar
O amor que já é
Que está entre nós
Há-de haver tempo pra aprender
há-de haver horas pra te pertencer
E mil anos para amar-te
Há-de haver...
Há-de haver
Tu serias para mim
Certeza na confusão
A calma na tempestade e paz no coração
Amava-te assim
Por saber o que é sentir
Que estás dentro de mim
Há-de haver como ver e respirar
O amor que já é
Que está entre nós
Há-de haver tempo pra aprender
há-de haver horas pra te pertencer
E mil anos para te amar...
Hei-de estar por aqui
Hei-de sempre abraçar-te agarrar-me a ti
Com o tempo a passar
Hás-de ter amor pra ficar
Há-de haver como ver e respirar
O amor que já é
Que está entre nós
Há-de haver tempo pra aprender
há-de haver horas pra te pertencer
E mil anos para amar-te
Há-de haver...
Há-de haver
Há-de haver”

ANJOS
“Há-de haver onde começar…”
Letra:Dale Lee Chappel
Musica: Sérgio Rosado, Edu Krithinas

06 outubro 2006

Porque Acontece...

Enquanto vivemos no mundo dos sonhos… nada nem ninguém nos detém.
Nem o mais fraco dos espíritos…
Nem o pensamento mais pessimista…
Tal como nos sonhos preciso que estejas comigo…
Sabes porquê?
Porque acho que é bom ter-te desse lado e no coração….
Nesta vida tudo passa pela questão da vontade… do querer…
Só assim o inesperado acontece….
Porém é bom também receber de braços abertos o destino….
Quem quiser saber de mim…
Sabe quem sou….
Como sou…
Procurar-me-á…
Na vida quem procura… acha!
Relembro por isso as palavras de Jimmy Cliff:
“I can see clearly now… the rain is gone…”
A chuva desaparece do rosto… tal como no tempo…
Quando menos se espera…
Acho que a melhor vingança é a nossa vitória…
Ela… acontece.

Foto de Daniel (www.olhares.com/sali)

03 outubro 2006

Thinking about U...

Queria falar de mim, queria falar de ti.
Queria falar de nós.
Queria extinguir-te.
Mas não te encontro.
És a sombra que persegue os meus dias.
És a alma que existe no meu mundo.
Criava-te pensativa.
Imaginava os dias contigo.
Desejava o perigo…
Sentia-me viva…
Despedia-me de ti…
Hoje e sempre…
Mas nunca para sempre…
Beijo as memórias em silêncio…
Abraço o carinho do teu olhar…
Rendo-me às palavras que te disse…
Nunca as vou mudar…
Obrigada por colorires a escuridão das noites… E... as trevas da tristeza do silêncio imposto pelo tempo…

25 setembro 2006

Uma imagem... irresistível...























Sé de Elvas - Foto tirada a 24 de Setembro 2006

Amor de Artifício...

Hoje apetece-me sonhar...
Recriar imagens... Criar reflexos do imprevisto.
A enfermidade obriga-me ao delírio dos sonhos...
O amor já não tem qualquer magia...
Está disperso...
Quase me esqueço da sua essência...
Acho que o fogo já não tem artifícios...
Não chama por mim...
Perdeu a piada...
Rendo-me ao silêncio que anseia ser quebrado...
É a última chance para qualquer ser... não apaixonado...

Foto tirada - São Mateus 2006 - Fogo de Artifício - Elvas - 23 Setembro 2006

17 setembro 2006

Barómetro... hehehe


Rostos incomuns fazem parte do nosso dia-a-dia...
Eles chegam e ficam...
Rendemo-nos à sua presença...
É o encontro frágil do tempo...
Com desconhecidos que se tornam membros imponentes da vida...
Há os que ficam do antes, e os que ficam do depois...
De repente... vemos aumentar a estatística da amizade...
Números que se esperam elevados em quantidade e qualidade...

Privilégios da Vida

É um privilégio escutar a tua voz sumida do outro lado da linha.
Também era a única alternativa de ligação entre tu e eu.
A minha vontade de ser feliz é enorme.
E às vezes é mesmo isso que falta: vontade.
Havendo vontade... tudo acontece...
Mas há uma espera constante, que nos bloqueia os sentidos e nos impede de agir...
De reagir...
Nesta vida tudo se espera...
E por isso mesmo essa espera dura, amarga, pode reverter-se...
Tudo depende da maneira como a encaramos...
Espero o dia em que irei conhecer-te.
Pois acredito que já existes...
Agora é momento de aproveitar o dia...
E o que acontece.
É mais difícil sem ti.
Mas também ainda não te conheço...
Pelo menos... não desse jeito...
Acredito que a minha intuição é poderosa.
Acredito na intenção de me fazeres esperar...
No fundo, subjugar-me a essa espera...
Tem mais valor.
É por isso que vivemos.
E falamos em AMOR.
Talvez esteja em desuso.
Podia esclarecer-te melhor sobre a questão...
Mas prefiro que o destino se encarregue de gerir o futuro...
Sem qualquer compromisso...
Tal como nos produtos das demonstrações...

13 setembro 2006

Luz intensa...

É esta a última imagem que guardo no dia...
O recorte da Lua...
As tonalidades dum céu que se apaga de cor...
A magia dum dia que já está a abeirar-se do fim...
Vai-se a luz e recobre-se o céu duma escuridão pura...
Ela espera que o sossego e o descanso me alcancem...
E eu também...

06 setembro 2006

Há sempre uma luz...


Vou-me habituando à brisa que não corre…
Ao tempo que escorre…
Ao renascimento…
Volta tudo à estaca zero mas de um jeito diferente.
Descobri que o canto das palavras, já havia nascido comigo.
Era um finalmente…
Era dar voz ao tempo que passou silenciado.
Era um grito de liberdade, que ecoava não apenas na minha imaginação, como em cada poro que preenchia a minha pele.
Era assim que orquestrava a minha vida…
Vivendo intensamente…
Vivendo de momentos…
Sem qualquer compasso de espera…
Se o fim fosse hoje…
Seria como nos contos de fadas…
Um final feliz.